sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Técnicos consagrados em baixa no Brasileiro


LANCEPRESS!

Títulos, consagração no cenário nacional, experiência na Seleção Brasileira... são os quesitos prioriários que todo time grande procura na hora de contratar um treinador. Geralmente sinônimos de sucesso, os técnicos carimbados estão em baixa no Brasileirão 2010.

Vanderlei Luxemburgo é o grande exemplo da decadência daqueles que, até pouco tempo, eram nomes incontestáveis na função. Recém-demitido pelo Atlético-MG, Luxa admitiu que necessita de uma "reciclagem". A declaração soa até absurda vinda do maior vencedor do Campeonato Brasileiro, com cinco títulos à frente de Palmeiras (duas vezes), Corinthians, Cruzeiro e Santos, e que chegou a dirigir a Seleção Brasileira.

Mas a campanha nesta temporada explica: o técnico teve um dos piores aproveitamentos entre os colegas de profissão, conquistando apenas 29% dos pontos disputados. No fim, deixou o Galo após sofrer humilhante goleada de 5 a 1 imposta pelo Fluminense e não foi capaz de tirar o time da zona do rebaixamento.

Tão vergonhosa quanto a participação de Luxa neste Brasileiro foi a de Emerson Leão. Já há algum tempo sem conseguir um trabalho de repercussão, o ex-técnico do Goiás tem no currículo passagem pela Seleção, em 2001, e o título nacional pelo Santos, em 2002 - geração que consagrou Robinho, Diego & Cia. Neste ano, seu aproveitamento foi de apenas 27%.

A maré também já foi mais positiva para Antônio Lopes. Há cinco anos, o delegado comemorava seu segundo título brasileiro no comando do Corinthians. Em 2010, o cordenador técnico da conquista do penta na Copa do Mundo de 2002, campeão brasileiro e da Libertadores pelo Vasco, não suportou a sequência de maus resultados e acabou dispensado pelo Avaí.

Ao lado de Lopes, Felipão comandou a família que trouxe o título mundial no Japão e na Coreia do Sul. Seu currículo é indiscutível: venceu Libertadores, Brasileiro, conseguiu levar Portugal à semifinal da Copa do Mundo de 2006... Agora, de volta ao Palmeiras, luta para acertar o time, que faz campanha bem abaixo do esperado neste Brasileiro. Mesmo com as três vitórias seguidas, seu aproveitamento com o Alviverde não passa dos 50%, pouco para um técnico com a sua história.

Por fim, Jorge Fossati, campeão da última Sul-Americana e que teve passagens pela Seleção Uruguaia, caiu após perder três dos quatro jogos à frente do Internacional.

Técnicos não-consagrados e um intruso dominam briga pelo título

Do outro lado, técnicos contestados estão tomando conta deste Brasileiro. Adilson Batista, do Corinthians, Cuca, do Cruzeiro, e Celso Roth, do Internacional, ainda não venceram a competição, mas são os favoritos ao título nacional. Junto deles na briga, o único consagrado que continua fazendo bonito neste ano: Muricy Ramalho, do líder Fluminense.

Mas o melhor aproveitamento não ficará com nenhum deles. O dono da marca, aliás, já deixou a competição há algum tempo. É Mano Menezes, que antes de assumir a Seleção, conquistou 72,7% dos pontos disputados pelo Corinthians. Em 11 rodadas, o time de Mano venceu sete, empatou três e perdeu uma. O técnico da Seleção é o símbolo da nova geração de técnicos em ascensão no futebol nacional.

Veja a comparação entre o aproveitamento dos técnicos no Brasileirão 2010.
Obs: A lista é apenas comparativa e não abrange todos os técnicos da competição.

1º Mano Menezes (Corinthians) - 72,7%
2º Cuca (Cruzeiro) - 66,6%
3º Muricy Ramalho (Fluminense) - 65,3%
4º Celso Roth (Vasco/Internacional) - 59,4%
5º Adilson Batista (Cruzeiro/Corinthians) - 57%
6º Felipão (Palmeiras) - 50%
7º Antônio Lopes (Avaí) - 35,4 %
8º Vanderlei Luxemburgo (Atlético-MG) - 29, 1 %
9º Emerson Leão (Goiás) - 27%
10º Jorge Fossati (Internacional) - 25 %

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