PAULO HENRIQUE TAVARES, do Blog de Primeira
A diferença já foi de oito pontos. Hoje é de apenas um. A torcida do
Sport já havia perdido as esperanças. Hoje, ela vê a sua equipe com
reais chances de permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro.
Tudo isso por conta do resultado construído neste domingo (18), no
estádio da Ilha do Retiro. Com uma vitória de 2×0, desenhadas pelos pés
de Gilberto e Henrique, o Leão bateu o Botafogo, e só precisa de um
tropeço da Portuguesa, na próxima rodada para, finalmente, sair da zona
de rebaixamento.
Poderia ter sido fácil
Apesar do posto de anfitrião, não foi o Sport o dono da bola nos
primeiros minutos de jogo. Qualquer sobra na frente da área rubro-negra,
era o Botafogo quem conseguia articular as principais jogadas de
ataque. E quando o Leão parecia engrenar suas respostas ofensivas, a
jogada parava em erros individuais no meio-campo.
É bem verdade que grandes sustos não foram sofridos pela torcida
rubro-negra. Ela que fez sua parte, comparecendo em peso às
arquibancadas da Ilha do Retiro, teve o seu primeiro sintoma de protesto
após uma bola que pegou na mão do zagueiro Antônio Carlos, dentro da
área visitante. A arbitragem, no entanto, achou o lance normal e deixou o
jogo seguir.
Amigos, por tudo o que a partida envolvia, tenha certeza que cada
torcedor, que saiu de casa neste domingo, estava preparado para muitas
emoções durante os 90 minutos. Duas chances, inclusive, fizeram com que o
grito se mantivesse preso na garganta. A primeira após cabeçada de
Hugo, que tirou tinta da trave alvinegra. A segunda, com o atacante
Gilberto, que exigiu milagre do arqueiro Jefferson.
Os lances acostumaram a equipe rubro-negra a criar oportunidades no
jogo. Infelizmente para as pretensões leoninas nenhuma vazou a meta da
Estrela Solitária. Não era incomum ver a bola passar a frente do goleiro
Jefferson, e nenhum pezinho, do lado rubro-negro, para empurrá-la no
fundo do gol.
Antes do fim do primeiro tempo, a grande chance para o Sport abrir o
marcador sobrou nos pés do meia Hugo, após cruzamento de Cicinho. Na
pequena área, o meia teve tudo, menos pontaria e equilíbrio, e o oxo
permaneceu inalterado.
O jogo de Henrique
Quando os jogadores do Botafogo deram reinicio a partida, a informação
vinda de São Paulo não era das melhores para os rubro-negros. A
Portuguesa havia acabado de abrir o placar, diante do Grêmio. A situação
só não foi pior, porque no primeiro minuto de jogo, na Ilha do Retiro,
por pouco o atacante Bruno Mendes não fez um gol.
O segundo gol da Portuguesa, culminou com a melhora do Sport na partida,
após o susto logo após o intervalo. Assim como na primeira etapa,
chances foram criadas pelo Leão. Reinaldo tentou o gol, em cobrança de
falta, e Gilberto apareceu duas vezes seguidas de frente com a meta
alvinegra.
O gol parecia que ia se manter preso… O resultado parecia que não ia
acontecer de jeito algum. Então, o técnico Sérgio Guedes chamou o
atacante Henrique. Não sabia ele que aquela substituição ia ser
fundamental para o Leão.
Foi com ele em campo, que aos 12 minutos o Sport puxou um contra-ataque,
que passou pelos seus pés, que foi aproveitado por seu sangue frio, que
deixou Gilberto de frente para a meta, e que, finalmente, foi
convertido. Um gol que, não só fez a Ilha do Retiro explodir, como
trouxe a maré de sorte para a equipe rubro-negra. De uma só vez, o 2×0
da Portuguesa se transformou em 2×2, com dois gols relâmpagos do Grêmio.
Mas, quem disse que os rubro-negros teriam vida fácil após cutucar uma
equipe da parte de cima da tabela. O gol do Sport ativou os
botafoguenses em campo. Por vários momentos chegou, a apreensão jogou
lado a lado com a defesa pernambucana. Saulo, inclusive, teve de operar
um milagre, em chegada de Bruno Mendes.
O alívio só pôde ser sentido nos últimos minuto de jogo. Com ele, o
homem que mudou a história do jogo. Henrique! Aos 44 do segundo tempo, o
atacante recebeu belo passe de Felipe Menezes, e só precisou deslocar
Jefferson, para dar números finais a partida. O Leão está muito vivo,
amigos!
SPORT
Saulo; Cicinho, Diego Ivo, Aílson e Reinaldo; Tobi, Moacir e Hugo;
Gilsinho (Henrique/aos 8 do 2ºT), Gilberto (Willians/aos 22 do 2ºT) e
Felipe Azevedo (Felipe Menezes/aos 35 do 2ºT). Técnico: Sérgio Guedes
BOTAFOGO
Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Dória e Márcio Azevedo (Elkerson/aos
29 do 2ºT)); Gabriel, Renato (Fellype Gabriel/aos 19 do 2ºT), Seedorf,
Andrezinho e Lodeiro (Vítor Júnior/aos 38 do 2ºT); Bruno Mendes.
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Local: Ilha do Retiro, em Recife (PE)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Assistentes: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Fabiano Ramires (ES)
Gols: Gilberto (aos 12 do 2ºT); Henrique (aos 44 do 2ºT)
Cartões amarelos: Cicinho (Sport); Antônio Carlos (Botafogo)
Público: 25.126
Renda: R$ 223.500,00
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