Se o torcedor do Náutico está empolgado com o atual momento da equipe, ele deve ficar mais ainda quando a Série B chegar. Não pelo que o time vem apresentando, mas pelo que Milton Cruz pode fazer pela equipe. Os 23 anos de São Paulo foram muito além da função de auxiliar técnico. Cruz era o homem responsável por observar possíveis contratações e a expectativa agora é para o que ele pode fazer no Timbu.
Seu conhecimento do mercado de atleta é algo reconhecido nacionalmente, tanto que o telefone do treinador vez ou outra recebe a ligação de algum técnico pedindo orientação ou referência sobre algum alvo. “Estava no curso da CBF e o Jair (Ventura) do Botafogo até me perguntou onde podia contratar jogadores e disse que no Paulista era o melhor para achar. O campeonato (Série B) é longo e ainda vai demorar, mas temos que olhar já antes que alguém contrate”, revelou o treinador.
A
ajuda para o Timbu poderia vir do seu ex-clube, ainda mais com o
Rogério Ceni, amigo pessoal do técnico do Náutico, no comando do São
Paulo. Mas Milton tem os pés no chão e prefere não se empolgar. Ele não
consegue enxergar algum atleta do elenco do Tricolor Paulista vindo para
o CT Wilson Campos. Ao menos neste momento.
“Acompanho
o São Paulo e conheço tudo lá no clube, mas o São Paulo está com um
plantel reduzido. Ele (Rogério Ceni) até mandou uma mensagem esses dias
para parabenizar pela vitória, mas não falei com ele sobre isso. Os
jogadores que estão lá que e que eu gostaria também são bem difíceis de
sair”, analisou.
Tanto conhecimento e estudo de
jogadores tornou o treinador referência, mas dificultou a vida de
Milton Cruz por outro lado. O atual técnico do Náutico sempre teve
dificuldade de se desligar do futebol e por acompanhar de tudo um pouco
sempre recebia ligações do presidente Juvenal Juvêncio. Situações que
renderam boas histórias.
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