quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Após "salvação" na fase de grupos, River e Tigres decidem Libertadores

Por Buenos Aires, Argentina
O River Plate estava entregue. O relógio apontava 42 minutos do segundo tempo do jogo válido pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores. O Tigres vencia em casa por 2 a 0. Foi quando Teófilo Gutiérrez diminuiu para os argentinos; logo depois, Mora empatou a partida e evitou o que seria praticamente a eliminação precoce dos Millonarios naquele momento. 
O River respirava, mas ainda não podia andar com as próprias pernas. Na última rodada, precisava vencer o San José, da Bolívia, de preferência por uma boa margem de gols, e torcer pelo tropeço do Juan Aurich, do Peru, em casa, contra o Tigres. Pois Ricardo Ferretti, treinador do time mexicano, mandou a campo uma equipe mista. Os argentinos ficaram desesperados, reclamaram, espernearam, duvidaram da honestidade do técnico brasileiro. 
Pois o Tigres venceu o Juan Aurich, de virada: 5 a 4. O River cumpriu seu papel e também se classificou. Agora, sobreviventes do mata-mata da competição continental, as duas equipes voltam a se encontrar na decisão da Libertadores. Após empate em 0 a 0 no jogo de ida, no México (não há regra de gols na final), a volta é no Monumental de Núñez, às 22h (de Brasília). O SporTV transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. 
Ferretti: "Duvidaram da nossa honestidade"
O Tigres teve em suas mãos a possibilidade de eliminar o River duas vezes. Nas duas, deixou o rival vivo. Mas Ferretti não liga para isso. Tampouco para o histórico de empates entre as equipes: além do 0 a 0 da ida da final e o 2 a 2 na quinta rodada, eles ficaram no 1 a 1 ainda na fase de grupos.
- A gente teve essa possibilidade. Inclusive, muitos jornalistas argentinos duvidaram da nossa honestidade, porque a gente não mandou o time titular para jogar o último jogo da fase. Depois, eles tiveram que reconhecer nossa honestidade e o profissionalismo do nosso time. O futebol deu a classificação para eles. Mas não é por isso que a gente quer sair campeão. Independentemente de quem chegou, vamos buscar esse título – afirmou o treinador. 
O Tigres teve a segunda melhor campanha da fase de grupos, mas decide fora de casa por ser convidado. Por este mesmo motivo, a vaga no Mundial de Clubes já é do River. O time argentino, aliás, teve um caminho insólito até a decisão: eliminou o rival Boca fora do campo, depois que os xeneizes foram punidos porque torcedores atiraram gás de pimenta no clássico na Bombonera; teve uma vitória histórica sobre o Cruzeiro em Belo Horizonte; e passou pelo azarão Guaraní, do Paraguai. 
A equipe mexicana atravessou um caminho mais tranquilo. Passou sem problemas por Universitario Sucre e Emelec e depois, com uma atuação de gala no México, eliminou o Internacional. 
Tigres sem problemas; River improvisa
Tranquila também foi a preparação do Tigres para a decisão. Nos dois dias de atividade na Casa Amarilla, centro de treinamento do Boca Juniors, a imprensa só acompanhou treinos recreativos. O único desfalque é o do zagueiro Ayala, que será substituído por Rivas. Por outro lado, o meia Aquino, que não jogou na ida, volta à equipe. Os brasileiros Sobis e Juninho estão confirmados. 
No River, porém, os problemas se acumulam. Artilheiro da equipe, o atacante Mora está fora por lesão na coxa direita e será substituído pelo experiente Cavenaghi. Sem Mercado, suspenso, o técnico Marcelo Gallardo vai improvisar o volante Mayada na lateral direita, pois a alternativa imediata, o jovem Mammana, também se machucou. 
- Confio que Mayada pode fazer uma boa partida. É a alternativa que tínhamos com a suspensão de Mercado e a lesão de Mammana. Creio que, dentro das opções que temos, é o que está mais preparado para jogar.  
Prováveis escalações:
River Plate: Barovero, Mayada, Maidana, Funes Mori e Vangioni; Ponzio, Kranevitter, Sánchez e Bertolo; Cavenaghi e Alario. 
Tigres:  Guzmán, Jiménez, Juninho, Rivas e Torres; Arévalo, Pizarro, Damm e Aquino; Rafael Sobis e Gignac. 

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