sexta-feira, 29 de maio de 2015

Evandro sai em defesa de Marin e pede maior investigação sobre Teixeira e Blatter

João de Andrade Neto /Superesportes

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, se mostrou surpreso e saiu em defesa do ex-presidente e atual vice da CBF, José Maria Marin, detido nesta quarta-feira, junto com outros seis dirigentes, na Suíça, na operação da FBI que investiga os crimes de extorsão, lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e corrupção ligados à Fifa. O dirigente pernambucano foi um dos principais aliados de Marin durante os três anos de mandato do cartola à frente da CBF. Ao mesmo tempo, Evandro cobrou uma maior investigação com relação ao nome do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

"Estou perplexo como o Marin foi detido e o Ricardo Teixeira não aparece entre os envolvidos. Não sei ao certo do que o Marin está sendo acusado, mas o que estranho é o fato dele ter sido detido por relações contratuais assinadas quando o presidente da CBF era o Ricardo Teixeira", questionou Evandro, que ao ser lembrado pela reportagem de que Marin era um dos vices da CBF respondeu de forma enfática. "Vice não manda em nada, não assina contratos. Quem responde pelos contratos institucionais é o presidente. É estranho não ter nenhuma ligação concreta (nas investigações) com o Teixeira"

Na operação do FBI, Marin está sendo investigado por pagamento de propinas relacionadas às próximas quatro edições da Copa América e também por recebimento de propina relacionada a contratos com a Copa do Brasil. A investigação relata uma disputa entre duas companhias de marketing esportivo pelos direitos da competição nacional a partir de 2013.

Além de Teixeira, a mira do mandatário da FPF também apontou para o presidente da Fifa, Joseph Blatter. "Torço para que a investigação se aprofunde cada vez mais. Não entendo como a operação não chegou a ele. Ele deveria ser o primeiro", analisou.

Evandro Carvalho também não acredita que, com o passar das investigações, o escândalo atinja o atual presidente da CBF Marco Polo del Nero, de quem o dirigente pernambucano também é aliado. "Marco Polo não era da CBF. Ele era presidente de uma federação estadual (São Paulo). Na minha ótica as duas principais pessoas que deveriam ser investigadas eram Blatter e Teixeira. Os outros são secundários", repetiu. "Acredito que esse episódio será muito bom e vai ajudar a moralizar o futebol. Que se apure tudo para que nenhuma dúvida fique no ar."

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