Era Cavenaghi, a bola na marca do pênalti e Pato Abbondanzieri do outro lado. Era o superclássico. Era River x Boca, com o Monumental de Nuñez transbordando. Era nada menos do que uma semifinal de Libertadores decidida nos pênaltis entre dois dos clubes que mais se odeiam no mundo. Abbondanzieri sorriu, irônico, pressionando. Cavenaghi correu para a bola, bateu no canto direito do goleiro, bateu um milímetro além do ponto alcançável por Pato. Fez o gol. Ergueu os braços e pediu o grito da torcida. Comemorou por alguns segundos. Pouco depois, Maxi López, aquele mesmo que jogaria no Grêmio, erraria o último pênalti do River. Abbondanzieri, aquele mesmo que jogaria no Inter, defendeu. E Cavenaghi, esse mesmo que agora é colorado, viveu sua maior frustração em uma Libertadores.
Cavenaghi tem saudade da Copa. Acostumado a encarar os gramados sul-americanos nos tempos de River Plate, El Torito vive abstinência de seis anos. Foi naquele ano de 2004, na dor daquele clássico, que ele disputou o torneio continental pela última vez. O reencontro será nesta quarta-feira, novamente vestindo vermelho e branco, mas desta vez com a camisa do Inter.
O atacante se empolga com a Libertadores. Tem fome dela. E se mostra muito motivado para reencontrar a Copa.
- Estou com muita, muita vontade. Muitíssima. Eu gosto muito da libertadores. Fazia, creio, oito anos que não disputava a Copa (seis, na verdade). É muito tempo. Estou com muita vontade – disse o jogador.
Cavenaghi tem bons números na Libertadores. No River Plate, disputou o torneio quatro vezes, com 11 gols marcados em 25 partidas. Teve algumas alegrias, mas a tristeza de 2004 ainda o machuca.
- Fizemos grandes partidas, fomos às semifinais, mas perdemos no River contra Boca. Aquilo foi muito duro – comentou o Cavegol.
Globo.com
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