POSTADO POR Wladmir Paulino
Com informações do site Justiça Desportiva
Em sessão na quarta comissão disciplinar do STJD na tarde desta
sexta-feira (10), o presidente do Sport, Luciano Bivar, foi suspenso por
seis meses por levantar suspeitas nas convocações da seleção brasileira
sem apresentar provas. O dirigente concedeu uma entrevista em que
afirmava ter pago propina para o volante Leomar disputar a Copa das
Confederações em 2001.
Bivar respondeu pelo artigo 221 do Código Brasileiro de Justiça
Desportiva (CBJD) que diz: "dar causa, por erro grosseiro ou sentimento
pessoal, à instauração de inquérito ou processo na Justiça Desportiva". A
punição prevista é suspensão de 15 a 365 dias e multa entre R$ 100 e R$
100 mil. Com a suspensão, ele fica afastado de suas funções. Não pode
assinar nenhum documento como representante do clube.
O presidente do STJD, Flávio Zveiter abriu inquérito para apurar as
denúncias do presidente leonino e ele foi ouvido no dia 19 de março, em
Goiás. Dois dias depois foi a vez dos depoimentos de Emerson Leão e
Antônio Lopes, respectivamente técnico e coordenador técnico na época.
Em seu depoimento desta sexta, Bivar explicou que houve uma distorção
dos fatos pela imprensa e que, por isso, vai pedir uma retratação na
Justiça. "Eu entendo que não fiz nenhuma agressão a nenhum dos
relacionados. A principal prova que houve neste caso foi o radialista,
que não foi denunciado. Esse rapaz, que distorceu a declaração, não foi
ouvido. A única prova sobre a declaração sou eu, e, na oitiva do
inquérito, neguei que houve propina e reafirmei tudo o que falei sobre o
assunto na entrevista à Rádio Transamérica".
O presidente também reiterou que não pagou propina para colocar o
jogador na seleção, mas sim serviços de marketing. "Eu disse para ele
que é preciso ter cuidado com o executivo de futebol, porque muitos
chegam no clube para realizar negócios, não para ajudar. Nós contratamos
um serviço de marketing para fazer mídia de televisão e levar o meu
atleta para a Seleção, como hoje é comum".
O advogado Osvaldo Sestário fez a defesa de Luciano. Ele reforçou a
teoria da distorção pela imprensa, que teria criado polêmica de olho
numa maior audiência. Mesmo assim, todos os auditores seguiram o voto do
relator do processo, Lucas Rocha, pela suspensão por 180 dias.
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