Danilo Lavieri
Do UOL, em Itu
Após um dia de conversas e uma tarde de treinos, Gilson Kleina já pôde
detectar um dos principais problemas do Palmeiras, a ansiedade. Segundo o
novo treinador, foi possível perceber que os atletas erram na hora de
chutar e têm receio de driblar pelo medo de errar.
Essa é a primeira missão do substituto de Luiz Felipe Scolari para o jogo deste sábado, diante do Figueirense, às 18h30.
"Se você analisar o elenco do Palmeiras, você vê que é qualificado, que
os jogadores têm currículos espetaculares e que em alguns momentos eles
ficaram fora de partidas importantes por lesões e isso dificulta para
formar um padrão. Por outro lado, o que vejo de ponto positivo é que o
ultimo grito de campeão do país foi do Palmeiras, é o atual campeão do
país, por isso o time não vai ficar nessa situação. O ponto fraco é uma
coisa que analisei no treinamento, que percebi muita ansiedade, que eles
tentam fazer uma transicação mais acelerada. Perto da área tem de fazer
uma opção mais segura, ter ousadia onde tem de ter. Vamos simplificar e
arrumar a casa de trás pra frente, é a grande receita pra gente voltar a
ser forte", disse ele.
O treinador também não descartou deixar de lado a Copa Sul-Americana
para focar apenas na tentativa de tirar o time da zona de rebaixamento.
Segundo ele, o andamento do Brasileirão até a competição internacional
dirá por qual opção ele vai fazer.
Aliás, dependendo do rumo que o time tomar, Kleina sabe que pode se
tornar herói ou vilão no Palestra Itália. Ele, no entanto, tenta jogar o
foco da salvação para os atletas e diz que o time não conseguirá fazer
nada sem o apoio de seus comandados, apesar de dizer que não tem medo de
assumir a responsabilidade.
Por fim, mostrando que já havia feito a "lição de casa", Kleina mostrou
que está ligado com a história do clube e fez menção ao "Dia do
Palmeiras", referindo-se à Arrancada Heroica que comemora 70 anos nesta
quinta-feira. Na ocasião, em 1942, o time deixou de se chamar Palestra
Itália para adotar a nomenclatura atual.
"Todos os clubes que eu trabalhei me deram um pedacinho para eu chegar a
esse momento, para comandar um grande do futebol brasileiro, uma camisa
que representa a nível mundial. Hoje, comemora-se uma grande marca que é
uma Arrancada Heroica. Quem sabe não coincide e a gente pegar aquele
momento que o Palmeiras estava passando e trazer para agora. Se eu vou
fazer 15 meses, três meses ou um dia, não sei. Mas vou dar o sangue",
finalizou Kleina.
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