domingo, 1 de maio de 2011

Leandro x Oscar: novas "estrelas" estreiam em Gre-Nal em busca de afirmação


ogos duros, com marcação acirrada, lance polêmicos, pressão da torcida e poucas chances de gol talham o jogador de futebol. Não é raro ouvir treinadores dizendo que os jovens precisam entrar aos poucos para que jogos com estas características não os inibam para o futuro. O clássico Gre-Nal eleva ao quadrado todas estas peculiaridades de duelos importantes. Neste domingo, portanto, dois estreantes - um garantido em campo e outro esperando oportunidade - colocarão em cheque a entrada de vez no grupo profissional. O gremista Leandro, 17 anos, e Oscar, do Inter, 19 anos, terão o teste mais forte pela afirmação entre os titulares.

Leandro está certo no time tricolor. O garoto que era chamado de Neymar no Olímpico, perdeu o apelido por culpa de Renato Gaúcho que, temendo comparações, proibiu a alcunha. Sem o peso do nome do santista, o jovem vindo do Gama-DF ganhou aos poucos a titularidade e os gols o colocam atualmente como absoluto na equipe. No entanto, as dúvidas surgiram após o primeiro percalço. Contra o Universidad Católica, na última terça-feira, o jovem jogador desapareceu da partida e padeceu como todo o Grêmio, derrotado por 2 a 1.

"O Leandro vem crescendo a cada jogo. Ele evolui na parte técnica, física e até mental. Está ganhando mais responsabilidade, isso é importante. O Renato (Gaúcho), por ter sido atacante, conversa muito e orienta ele. O que eu posso passar é confiança e experiência, porque sei que ele pode definir a partida em um lance. Vai, com certeza, nos ajudar muito. Tem é que ir para cima dos zagueiros", elogiou o colega Rafael Marques, que passa trabalho nos treinamentos para conter o atacante.

Já Oscar, veio do São Paulo, time de bem mais expressão, e ao contrário de Leandro não foi um "achado" pois já era considerado promissor nas categorias de base do time tricolor paulista. No Internacional, as primeiras oportunidades vieram após destaque no Campeonato Brasileiro Sub-23 de 2010. No fim do ano, inclusive, Oscar esteve no grupo que disputou o Mundial, participando do segundo tempo da derrota para o Mazembe. Após conhecer o gosto amargo de uma derrota deste porte, a série de lesões de Tinga fez Celso Roth, então técnico do time vermelho, promover sua titularidade. A chegada de Falcão, porém, mudou as coisas e sua presença não está garantida no Gre-Nal.

"Tenho expectativa, como tive contra o Peñarol. Se tiver que entrar no segundo tempo, vou dar o máximo também", disse o meia. "O Falcão escolheu 11. Ele deixou bem claro que o elenco é importante. O banco é sempre importante para decidir quando entrar", disse, pouco esperançoso em jogar.

Fora de campo ambos tem comportamentos semelhantes. A timidez, reflexo do pouco tempo como profissionais, ainda acompanha as jovens estrelas. Leandro e Oscar falam pouco, preferem respostas rápidas e dificilmente dão alguma opinião contundente. Oscar mora em um apartamento com sua noiva, já Leandro vive na concentração do Grêmio, no estádio Olímpico, e divide alojamento com Denner, Renê, Jailton (três jogadores que vieram da base e estão no profissional) e outros atletas.

"Temos que lapidar este tipo de jogador, proteger. O Leandro é obediente, procura fazer o que pedimos e está nos ajudando muito. É uma cria do Grêmio, que precisa ser preservada", analisou Renato Gaúcho.

A dupla Gre-Nal sabe muito bem que precisa proteger os estreantes em clássico. Mais "rodado", Oscar tem salário considerável no Beira-Rio, mas nada que o aponte como um dos mais valorizados de um elenco que conta com D'Alessandro, Guiñazu, Cavenaghi e Bolatti. Já Leandro se viu feliz em deixar de receber "ajuda de custo", ter um pequeno aumento e a promessa de uma ampliação de seu contrato quando completar 18 anos, no dia 12 de maio.

Independente das presenças em campo, os jogadores lutam pela afirmação nas equipes. Para isto terão neste domingo, às 16h, no gramado do estádio Beira-Rio o teste mais forte até agora. Leandro colocará em jogo tudo que fez até agora: 6 gols em 10 jogos. Já Oscar, que marca menos por não ser atacante, terá que comprovar seus 19 jogos, com duas vezes presente no placar.

Uol.com.br

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