Por Paulo Vinícius Coelho
A frase que dá título a esta nota foi dita pela pessoa que mais entende de política do esporte no Brasil, hoje em dia. A análise sobre as entrevistas coletivas do dia (os cariocas protestam contra a forma como o Clube dos 13 conduz a negociação, mas não se afastam completamente -- Andrés Sanchez diz que está fora, mas pode voltar -- o Coritiba disse que sai, e agora está voltando) faz com que a frase que dá título à nota seja a mais certeira possível.
A definição do mestre da política esportiva prossegue: "O motim contra o Clube dos Treze acabou. Agora, resta um motim contra o São Paulo." Quer dizer que aqueles que não gostam da postura de Juvenal Juvêncio -- e têm razão quando pensam na maneira como recebeu a Taça das Bolinhas -- atacam Ataíde Gil Guerreiro. Atual diretor-executivo do Clube dos Treze, Ataíde Gil Guerreiro fez um trabalho brilhante. Mas é visto como o representante do São Paulo. Ou pior: o representante de Juvenal Juvêncio.
Fora isso, os "revolucionários" percebem, aos poucos, que não receberão mais dinheiro do que pretendiam negociando separadamente. Mas já causaram o estrago. A revolução de papel faz com que Record e Globo tenham dúvidas sobre o produto pelo qual farão uma das proposta mais cara de suas histórias, dentro do país. No caso da Record, que ofereceria R$ 1 bilhão, resta a dúvida: oferece o mesmo valor agora ou tenta economizar, sem saber exatamente quantos clubes terá em seu pacote?
Agora fica mais claro. Quem comprar o Brasileirão, vai comprar o Brasileirão dos 20 clubes, assim como era na sexta-feira passada. Mas quem fizer a proposta pode ter dificuldade de entender isso. Pode pagar para ver.
Nesse caso, há duas hipóteses:
1. Os clubes do Brasil perdem a melhor proposta. Talvez.
2. As emissoras que economizarem perdem para quem apostar mais alto. É a outra hipótese.
Nenhum comentário:
Postar um comentário