domingo, 26 de dezembro de 2010

Os técnicos para o campeonato

Do Diario de Pernambuco
Das 12 equipes que vão participar do próximo Campeonato Pernambucano de Futebol, apenas duas terão técnicos estreando na competição. Um deles é Geninho, do Sport, que vai debutar no torneio justamente na temporada em que o Rubro-Negro poderá chegar ao tão almejado hexacampeonato. O outro é o jovem técnico do Porto, Laelson Lima, 35 anos. É bem verdade, porém, que esse segundo atuou como atacante no Tricolor de Caruaru, em 1996 e 1997, além de ter acumulado algumas Copas Pernambuco no currículo de treinador. Assim, já possui um certo conhecimento sobre o certame. Os outros dez comandantes já participaram mais de uma vez da elite estadual. Sabem, de ´cor e salteado`, o que é e como é um Pernambucano da Série A1.

Geninho não esconde a ânsia de estrear. ´A minha expectativa é, sem dúvidas, a de levar o Sport ao título. Não vejo problema algum por se tratar de uma estreia minha. Tenho só que encarar este Pernambucano com toda a responsabilidade do mundo`, fala. O treinador, noentanto, deixa escapar que tem um maior apreço pelos os nacionais que os estaduais. ´Às vezes, gosto de me dar umas férias mais longas. Quando a gente vai para um Estadual, perde praticamente todo o recesso planejando o outro ano`, pontua Geninho, o mais velho dos 12 comandantes do campeonato, com 62 anos.

Ao contrário de Geninho, Zé Teodoro, do Santa Cruz, já teve a oportunidade de se sagrar campeão pernambucano ( Náutico/2004). Em contrapartida, Roberto Fernandes, no Alvirrubro comandou o Timbu em 2008 e 2009. Mas sem sucesso.

O técnico mais veterano é Neco, do Petrolina. Já passou pelo extinto Recife, AGA, Ypiranga, Salgueiro, Porto e Acadêmica Vitória. A quantidade de estaduais disputados nem ele próprio recorda mais. Conquistou também seis Copas Pernambucos e três acessos à Série A1. De acordo com Neco, a experiência pelos clubes do interior fez com que ele soubesse administrar melhor determinadas situações. ´A vantagem que eu acho que levo em relação à maioria dos treinadores é a de saber lidar com umtime que tenha pouco dinheiro. A gente acaba se transformando em um gestor também`, comenta.

O treinador da Fera Sertaneja deixou um ´aprendiz`: Cícero Monteiro - um dos responsáveis pelo acesso do Salgueiro à Série B. Monteiro passou pelo Ypiranga, em 2005, além de uma dezena de clubes onde foi assistente de Neco. ´Ele (Neco) foi um cara que ajudou bastante na minha carreira`.

Ainda no Sertão, Júnior Caruaru, do Araripina, vai para o seu segundo Pernambucano consecutivo com o Bode do Araripe. Antes, treinou o Vitória, em 2009. Situação semelhante vive o técnico da Cabense, Paulo Júnior. No ano passado, inclusive, levou o Salgueiro ao título da Copa do Interior. Este ano, pôs o América na elite estadual após 15 anos. Falando no Campeão do Centenário, o Mequinha vai apostar no técnico Luciano Ribeiro.

Ultimamente, talvez as figuras mais carimbadas entre os treinadores do Pernambucano tenham sido Peu Santos e Adelmo Soares. É quase impossível não imaginar eles dois comandando alguma equipe ´intermediária` de Pernambuco. Peu está agora na Vitória.

Adelmo, hoje no Ypiranga, treinou a Cabense e o Central. É considerado, por sinal, o ´Rei do Acesso`. Conseguiu ascender clubes cinco vezes para a Primeira Divisão do Estado: Centro Limoeirense (1995, 2000 e 2007), Ypiranga (2004) e Cabense (2008). O técnico do Central é outro bastante conhecido: Maurício Simões. Pelo Nordeste são raros os times que ainda não treinou. Ganhou 12 certames estaduais na Região. Só não faturou o Pernambucano.


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