Com uma fisionomia tensa e mostrando certo nervosismo, o técnico Paulo César Gusmão concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, em São Januário. Primeiro, disse que não comentaria sobre as notícias de que teria havido uma reunião no domingo para discutir sua permanência ou não na Colina. O encontro foi prontamente negado pela diretoria na ocasião. PC, no entanto, não conseguiu disfarçar que já não tem um bom ambiente de trabalho e que sua relação com a diretoria está abalada.
Não há confiança de parte a parte, e algumas peças do elenco também discordam da metodologia de trabalho do treinador. PC Gusmão não quis entrar em detalhes, mas afirmou que está insatisfeito. Apesar de ressaltar que não era um discurso de despedida, disse que os dirigentes precisam aprender com os erros, independentemente da continuidade dele.
- Estou incomodado, mas é uma coisa minha. Decepcionado com algumas coisas, mas temos que seguir. Eu não tenho apego material a cargo algum. Não estou no Vasco por ser amigo de alguém. Agora, a tomada de decisões cabe à diretoria. Vou continuar meu trabalho da melhor maneira possível. Existe uma série de fatores para explicar a nossa situação. Independentemente da continuidade ou não, as pessoas têm que sentar e planejar o próximo ano. É preciso tentar aprender com os erros. Temos que tentar terminar da melhor maneira possível para que as pessoas que forem dirigir o Vasco tenham um desempenho melhor. Não é um discurso de despedida, é de realidade - disse o treinador, que tem contrato até julho de 2011.
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