Jornal do Commercio
"Jogar em casa tem sido um adversário a mais para o Salgueiro." Foi assim que o treinador Luís Carlos Barbieri resumiu o sentimento dos jogadores e da comissão técnica do Carcará, obrigados a treinar e mandar seus jogos na Série B no castigado gramado do estádio Ademir Cunha, em Paulista. Castigado para dizer o mínimo.
Ontem, a reportagem do JC fez um "tour" pelo terreno e pôde verificar um piso muito irregular, duro, onde em vários locais falta grama e com algumas crateras. Uma delas na marca do pênalti. Impróprio para uma competição oficial e um convite a lesões e ao mau futebol, o que ajuda a entender, em parte, a má campanha do Salgueiro na Série B, penúltimo colocado, com 19 pontos.
Para se ter uma ideia, a última vitória do Salgueiro no Ademir Cunha foi no dia 16 de julho, contra o Criciúma (2x1). No total, as campanhas como mandante e visitante quase se equivalem. Em "casa", o Salgueiro venceu três jogos, empatou dois e perdeu seis. Fora são duas vitórias, dois empate e sete derrotas.
"Enquanto os nossos adversários jogam aqui apenas uma vez no campeonato, nós atuamos aqui sempre. Com certeza o nosso é o pior gramado da Série B", completou Luís Carlos Barbieri. "Quando chegamos aqui a situação era outra. O gramado era melhor. Mas com o excesso de jogos e treinos ele foi se desgastando", finalizou o meia Clébson.
A afirmação do meia ajuda a entender o porquê da precariedade do estado do piso do Ademir Cunha. Além do Salgueiro, o gramado é utilizado em jogos e treinos (pelo menos três vezes na semana), pela seleção de Paulista, que disputa a Copa do Interior, uma competição amadora da Federação Pernambucana de Futebol. Para se ter uma ideia, na segunda-feira a seleção do município enfrenta Olinda no Ademir Cunha. Na terça, o Salgueiro recebe o Paraná, pela Série B.
A prefeitura de Paulista diz que seriam necessários pelo menos 20 dias sem atividades para recuperar o gramado, mas reconhece que não há como impedir o excesso de jogos atualmente.
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