terça-feira, 24 de maio de 2011

Junior Cesar ressalta que critérios de Carpegiani pesaram na sua saída

Mudou o personagem, mas não a explicação. Assim como o atacante Fernandão e o volante Cleber Santana, o lateral-esquerdo Junior Cesar, que rescindiu o seu contrato com o São Paulo para assinar com o Flamengo, não escondeu o desconforto com o técnico Paulo César Carpegiani. O camisa 6 do Tricolor disse que fica uma ponta de tristeza por estar saindo do clube do Morumbi antes do final do seu contrato.

O lateral-esquerdo assinou por três anos com o Flamengo. São Paulo e Flamengo não confirmaram oficialmente os valores de negociação, mas o GLOBOESPORTE.COM apurou que o clube do Morumbi recebeu R$ 500 mil.

Confira abaixo os trechos da entrevista coletiva concedida pelo jogador

Passagem pelo São Paulo
Foi muito bom, aprendi muita coisa no São Paulo, amadureci muito. É um clube grande e acostumado a conquistar títulos. É claro que fica uma frustração por não ter conseguido nenhum. Mas tive a alegria de completar 100 jogos. Vou carregar sempre o São Paulo no meu coração, principalmente a torcida, que me apoiou bastante em todos os momentos. Agora é vida que segue. Saio triste porque sei que tinha condições de contribuir com o grupo

Concorrência com Juan forçou a saída?
É preciso dizer que o Juan foi contratado porque eu sofri uma séria contusão e, naquele momento, não me senti constrangido porque ficaria cinco meses fora. Quando voltei, fui utilizado como titular em três jogos (Corinthians, Noroeste e Oeste) e fui muito bem. O treinador tem suas preferências. Eu e o Juan temos características parecidas e sabia que só um seria utilizado.

Mágoa com Paulo César Carepgiani
Não tenho nenhum problema com o Paulo. Só que todo o jogador que está acostumado a jogar e não joga não pode ficar feliz. Fui cortado do banco nos dois jogos contra o Goiás, pela Copa do Brasil e pedi uma conversa com ele. Disse que não ser escalado como titular era uma opção do treinador, mas era difícil aceitar não ficar entre os 18. Quando isso aconteceu, achei melhor procurar outra situação.

Desmotivação com o atual treinador
Desde a minha chegada em 2009 o São Paulo sempre teve um grupo qualificado. Você estar no grupo sendo útil é legal, mas quando você não é útil, fica difícil. O jogador precisa ter consciência. Falei que se não era para ser relacionado não teria motivação para continuar treinando. Joguei contra Corinthians, Noroeste e Oeste, tenho autocrítica e sei que fui bem. Se faço isso e nem sou relacionado, fica complicado.

Globo.com

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