quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Nos Aflitos, democracia forte, candidatos fracos

Autor: Alvaro Filho

Por Álvaro Filho, editor do Blog do Torcedor
Foi mais rápido do que o esperado.
A “união” entre as chapas Vermelho de Luta, Náutico para Todos, com participação inclusive do MTA, ruiu em menos de 24 horas.
Poderia até escrever “eu não disse”, sobre a “união” com cara de conchavo, mas deixa para lá.
É bom dizer que do jeito que as coisas andam nos Aflitos, onde o que é hoje, não é amanhã, e volta a ser o que era depois de amanhã, é arriscado opinar a respeito e gastar latim à toa.
Mas até às s 17h20 desta quarta (25), o Náutico voltava a ter eleição, valorizando a democracia, o que é importante, dando ao vencedor, seja quem for, o respaldo da confiança do associado. Como deve ser, afinal, sócio não é só para pagar mensalidade.
Se venceu a democracia, todos os postulantes saíram dessa pendenga eleitoral profundamente chamuscados e a impressão que fica é que nenhum nome e tendência na verdade mereciam ou estão preparados para a disputa.
MTA, Vermelho de Luta, Náutico de Todos mostraram que não existe um projeto político, mas de poder, de se perpetuar no poder, a todo custo e de todo jeito.
De todas as chapas, o Náutico de Todos, sejamos justos, é a que se mantém fiel às origens, pois sempre se pautou mesmo pelo poder, nunca escondeu isso. Insistência que implodiu o grupo político que a sustenta, como disse antes, muitos deles com grandes serviços prestados ao clube, mas que para não largarem o osso, erraram em algumas indicações e pagam hoje o preço de serem colocados no “mesmo balaio”. Jogou no processo o mesmo jogo de sempre, de conchavo político e de poder de convencimento. Nada de novo nesse front.
O Movimento Transparência Alvirrubro, além de fragilizado, sai desmoralizado da disputa. Até já disse antes que o MTA tinha vocação mesmo para ser um “agente provocador”, uma unidade de fiscalização externa e bem articulada nas redes sociais, mas que inventou de fazer o que não sabia, ou seja, gerir, e deu no que deu. Pior agora, que levou um drible no processo eleitoral e perdeu a chance de ouro de se retirar da situação por cima, voltando para o posto que tem vocação. Em vez disso, acolhe sem embaraço um de seus integrantes que virou as costas para o resto do grupo e pulou de barco na cara-dura, num sinal claro de que o que vale, mesmo, acima de qualquer princípio, e se manter no poder.

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