segunda-feira, 9 de novembro de 2015

André, de garoto-problema a homem-gol do Sport

Por Álvaro Filho, editor do Blog do Torcedor
Embora seja impossível desassociar a importância que Diego Souza e Danilo Fernandes têm na campanha robusta que o Sport faz na Série A, não se pode deixar de colocar o atacante André num patamar levemente acima no atual panteão das divindades rubro-negras.
Não só pelos gols que vem fazendo e que por si só já mereceria destaque. Até porque o Sport vez ou outra se ressentia de um atacante, de um camisa 9 que resolvesse a situação quando ela estivesse praticamente insolúvel, como foi o caso do jogo contra o Grêmio e de outros no Brasileiro.
“Só” por isso, repito, já valeria o registro.
Mas André merece ser ressaltado pelo poder de superação dele, da capacidade de nadar contra a correnteza da desconfiança de que o Sport estava trazendo um garoto-problema para o elenco, um expert não em fazer gols, mas em sabotar a própria carreira.
E André não pode reclamar da fama que alimentou de colher com passagens estranhas no Vasco e Atlético/MG. Ele mesmo sabe que pode haver exageros, mas não inverdades, no que se conhece da fama boêmia que atrapalhava o futebol dele mais do que qualquer zagueiro.
André entendeu o recado.
A atual temporada dele mostra isso. Não só pelos gols que faz, repito, mas pelas assistências, quase todas elas com uma jogada de calcanhar que ao mesmo tempo que é conhecida, manjada, é impossível de se evitar.
Se o Sport terá condições de segurar André para a próxima temporada, é uma incógnita e depende menos do Leão do que de outras partes envolvidas.
Mas onde estiver no mundo, certamente o atacante terá a Ilha do Retiro num lugar especial em sua memória.

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