segunda-feira, 25 de maio de 2015

Crônica: Eduardo Baptista não caiu no canto da sereia

Autor: Alvaro Filho

Num futebol brasileiro instável e turbulento como mares arredios, o técnico Eduardo Baptista parece ser uma âncora ideal. Vez ou outra uma nau desgovernada lembra do nome do treinador como forma de lançar as amarras e evitar o naufrágio.
O último clube a emitir o sinal de S.O.S. para o comandante rubro-negro foi o Grêmio, mas Eduardo Baptista mais uma vez não caiu no canto da sereia.
E faz bem.
Até porque Eduardo Baptista sabe que metade de seu sucesso no comando do time do Sport se deve à estabilidade que o barco rubro-negro lhe proporciona. Um clube estruturado financeiramente e equilibrado administrativamente, com um norte definido.
Se não é marinheiro de primeira viagem, o treinador ainda não pode ser considerado um terror dos Sete Mares. E quanto mais calmaria tiver ao seu lado melhor, no difícil ofício de evitar redemoinhos e arrecifes, melhor.
No futebol, porém, não há o “felizes para sempre” e como um bom marujo Eduardo Baptista um dia deve trocar de porto e o Sport, de comandante.
Mas até lá, a parceria segue funcionando em sincronia, levando a nau rubro-negra a singrar o mar do Brasileirão em alta velocidade, de vento em popa, na ponta da tabela.

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