segunda-feira, 27 de abril de 2015

Análise: Diretoria do Sport acerta em manter Eduardo

Autor: Alvaro Filho

Eliminado na Copa do Nordeste e no Pernambucano, duas competições que a torcida já dava como “ganhas”, e ainda por cima com o cruel requinte de ter entrado na história do Estadual como o primeiro time da capital batido numa semifinal por um do interior.
Por muito menos, um técnico rodou na Ilha do Retiro.
Mas a diretoria rubro-negra não esperou nem a cabeça desinchar. Depois do jogo, no olho do furacão da eliminação, foi aos microfones para bancar a permanência do técnico Eduardo Baptista.
E fez muito bem.
A sensação da torcida é que as coisas não estão boas com Eduardo Baptista, mas pode apostar, se ruim com ele, pode ser bem pior sem ele.
Eduardo Baptista, como todo mundo, tem seus defeitos e o pior deles – se pode ser chamado de defeito – é a imaturidade. Pouca gente se lembra que é um treinador que não tem nem dois anos de trabalho e está longe de ter passado pelas diversas situações que o futebol apresenta.
Em seu primeiro ano, por exemplo, não teve frustrações. Venceu duas competições e fez um Brasileiro tranquilo com o Sport. Mas essa não é a realidade de nenhum técnico do mundo, e aí inclua também os Mourinho da vida.
Eduardo Baptista é um profissional dedicado e estudioso. Mas o que o diferencia dos demais é a identificação com o time. Eduardo Baptista não quer a vitória de um clube que o emprega, ele quer ver o Sport vencer. E isso se vê nos olhos dele.
E pesou para a diretoria decidir mantê-lo.
Ao contrário do que se pensa, as derrotas também devem ir para o currículo. E hoje, Eduardo Baptista é um treinador melhor do que no ano passado. Um profissional que, por conhecer a derrota, está mais preparado para alcançar a vitória.

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