Por André Casado
Rio de Janeiro
Em atribulada reunião na sede náutica da Lagoa, o Conselho Deliberativo
do Vasco aprovou um acordo pelo balanço de 2011, que havia recebido a
recomendação de reprovação do Conselho Fiscal em setembro. Ficou
definido que em até 60 dias sejam apresentadas correções aos pontos
dissonantes levantados no documento, como o contrato com a Penalty e o
plano de sócios "O Vasco é Meu", gerido pela empresa Torcedor Afinidade,
tidos como lesivos financeiramente ao clube. O resultado é uma vitória
da gestão de Roberto Dinamite, que, diante dos interesses, se juntou até
a Eurico Miranda para adiar a solução do problema.
Porém, a votação não chegou nem a terminar. O presidente do Conselho
Deliberativo, Abílio Borges, encerrou o encontro após ter ouvido uma
denúncia contra seu nome por parte do grupo de oposição Cruzada
Vascaína, capitaneada por Leonardo Gonçalves, causando uma confusão e
deixando até alguns conselheiros da situação sem entender o que
aconteceu.
- Não aceitei o acordo que foi proposto antes, mas sabia que, com a
aliança que foi formada, por sermos minoria (30 membros no corpo de
conselheiros contra 150 da gestão atual), perderíamos. Só que a reunião
ficou mais quente, com discussão entre Nelson Rocha e Eurico e depois
com o que levantamos sobre o Abílio. De repente, ele cortou a palavra,
começou a recolher os papéis e foi embora, definindo sem votação. Uma
vergonha - relatou Leonardo Gonçalves, que ainda não sabe que medidas
tomar para levar o caso adiante.
Inicialmente, a diretoria vascaína solicitara 120 dias para refazer o
balanço. Para evitar que a discussão se estendesse mais, em atraso sem
precedentes, chegou-se ao consenso de um prazo menor, que, por sua vez,
vai se aproximar de datas festivas, como Natal e Réveillon.
- Reduzimos o prazo para 60 dias e teremos um contador trabalhando
diretamente com o pessoal do Conselho Fiscal nesses ajustes. Não tinha
cabimento reprovar um balanço por uma divergência de métodos entre o
Nelson Rocha (ex-vice de finanças) e os responsáveis pela análise no
Fiscal - afirmou o atual vice-presidente de finanças, Nelson Almeida.
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