quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Deliberativo encerra reunião antes de votação do balanço e cria confusão

Por André Casado Rio de Janeiro

Em atribulada reunião na sede náutica da Lagoa, o Conselho Deliberativo do Vasco aprovou um acordo pelo balanço de 2011, que havia recebido a recomendação de reprovação do Conselho Fiscal em setembro. Ficou definido que em até 60 dias sejam apresentadas correções aos pontos dissonantes levantados no documento, como o contrato com a Penalty e o plano de sócios "O Vasco é Meu", gerido pela empresa Torcedor Afinidade, tidos como lesivos financeiramente ao clube. O resultado é uma vitória da gestão de Roberto Dinamite, que, diante dos interesses, se juntou até a Eurico Miranda para adiar a solução do problema.
Porém, a votação não chegou nem a terminar. O presidente do Conselho Deliberativo, Abílio Borges, encerrou o encontro após ter ouvido uma denúncia contra seu nome por parte do grupo de oposição Cruzada Vascaína, capitaneada por Leonardo Gonçalves, causando uma confusão e deixando até alguns conselheiros da situação sem entender o que aconteceu.
- Não aceitei o acordo que foi proposto antes, mas sabia que, com a aliança que foi formada, por sermos minoria (30 membros no corpo de conselheiros contra 150 da gestão atual), perderíamos. Só que a reunião ficou mais quente, com discussão entre Nelson Rocha e Eurico e depois com o que levantamos sobre o Abílio. De repente, ele cortou a palavra, começou a recolher os papéis e foi embora, definindo sem votação. Uma vergonha - relatou Leonardo Gonçalves, que ainda não sabe que medidas tomar para levar o caso adiante.
Inicialmente, a diretoria vascaína solicitara 120 dias para refazer o balanço. Para evitar que a discussão se estendesse mais, em atraso sem precedentes, chegou-se ao consenso de um prazo menor, que, por sua vez, vai se aproximar de datas festivas, como Natal e Réveillon.
- Reduzimos o prazo para 60 dias e teremos um contador trabalhando diretamente com o pessoal do Conselho Fiscal nesses ajustes. Não tinha cabimento reprovar um balanço por uma divergência de métodos entre o Nelson Rocha (ex-vice de finanças) e os responsáveis pela análise no Fiscal - afirmou o atual vice-presidente de finanças, Nelson Almeida.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário