Várias inovações puderam ser testadas no amistoso entre cariocas e paulistas no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. O jogo terminou com a vitória por 3 a 1 da equipe de São Paulo, mas as atenções estavam voltadas aos testes de novas regras para o futebol. Entre elas, o ritmo lento da partida não fez com que os treinadores sentissem necessidade de pedir os seus tempos técnicos de dois minutos, mas todas as outras novidades foram observadas.
Confira todos os vídeos do amistoso realizado no ABC paulista
A primeira inovação testada foi a utilização do vídeo em lances polêmicos no gol do Rio de Janeiro, marcado por Dedé. O técnico Vagner Mancini pediu que o lance fosse revisto e um colegiado formado pelo árbitro Salvio Spinola, os auxiliares Roberto Braatz e Ednilson Corona, o 4º árbitro Rodrigo Braghetto, o assistente de vídeo Walter José dos Reis, além dos dois capitães Carlos Alberto, pelos cariocas, e Elano, pelos paulistas. Todos concordaram que o lance foi legal com exceção de Braghetto. Por maioria de 6 a 1, a jogada foi validada. O reforço do Santos para 2011 não gostou muito:
- Parar o jogo é complicado. A gente pode ver o lance depois e chegar à mesma conclusão - avaliou Elano.
Neymar, por outro lado, não se incomodou muito e até teve a ideia de fazer uma comemoração em dose dupla: uma na hora do gol e outra na confirmação.
- A gente faz uma dancinha, vê se foi gol e faz outra dancinha - brincou o santista.
No segundo tempo, foi a vez de Zico, que comandou o time do Rio de Janeiro, questionar um lance. Neymar caiu na entrada da área em disputa com Dedé, e Salvio Spinola assinalou a falta. O colegiado foi conferir o vídeo e, por unanimidade, concordaram com o árbitro principal. Na cobrança, Baiano fez um belo gol.
- Não vi necessidade de pedir análise do lance da falta, mas provocamos isso para ver como funcionava. A inovação é válida, até porque não podemos em uma Copa do Mundo ter um gol não validado depois de entrar um metro ou um jogador carregar a bola com a mão na frente de todo mundo e não acontecer nada - explicou o Galinho.
Mancini não tinha pedido ainda alguma revisão na etapa final, mas, diante de outra reclamação dos cariocas de que a cabeçada de Somália teria entrado aos 26, ele cedeu a sua vez para provar que não havia sido gol. E, com exceção de Carlos Alberto, todos confirmaram que foi apenas escanteio. Com isso, nenhuma decisão da arbitragem foi alterada por causa do vídeo.
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