As coletivas de imprensa no Sport envolvem, geralmente, jogadores que
estejam atuando, titulares do time. Mas nesta quinta-feira o protocolo
foi quebrado. Motivado pela recuperação de uma grave lesão que sofreu no
joelho, Leandro Pereira foi o entrevistado da tarde. À disposição após
sofrer a contusão em julho do ano passado, o atacante deixou 2017 para
trás e traçou planos para 2018. Entre os assuntos abordados, ele
comentou sobre a concorrência com André por posição e sobre a
possibilidade renovação de um contrato que se encerra com o Leão já no
meio desta temporada.
Trazido no início do ano passado para a Ilha do Retiro, Leandro
seguirá vinculado ao Sport só até 30 de junho. Por enquanto, segundo o
atleta, a chance de uma prorrogação contratual ainda não foi discutida
com o diretoria do clube.
"Ainda não foi
conversado. A gente nem entrou nessa pauta ainda. Eu, meus
representantes e o Sport só estávamos focados na minha recuperação
total. Ainda tem um tempinho de contrato, dá para fazer muita coisa",
disse.
Sem espaço no elenco e com atuações
contestadas, Leandro quase deixou o Rubro-negro no ano passado, quando
seria cedido por empréstimo à Chapecoense, mas teve a lesão no joelho
diagnosticada no próprio time catarinense e acabou sendo obrigado a
retornar ao Sport. Para o jogador, a volta dele ao Leão não será à toa.
"Estive
perto de acertar com a Chapecoense, realmente. Acabei viajando, fiz
procedimentos para a transferência e descobri a lesão. Acredito que se
eu não fui é porque tinha que voltar. Sempre sai pela porta da frente
por onde passei. Aqui no sport, a única coisa que consegui conquistar
foi o Campeonato Pernambucano (do ano passado). É título importante, mas
ainda muito pouco. O Sport é grande e precisa conquistar coisas
grandes", projetou.
Tornar-se titular da equipe
leonina não será uma tarefa simples, no entanto. Ou ele desbanca o
artilheiro e ídolo André, ou obrigará o técnico Nelsinho Batista a
escalar duas peças de referência no ataque. Leandro acredita que pode
reeditar dupla com André. Segundo ele, aliás, o camisa 90 nem tem tantas
semelhanças com o seu estilo de jogo.
"A gente
pode jogar junto, a gente já jogou junto em alguns jogos no ano
passado. Somos de características diferentes, apesar da mesma posição.
Não vejo problema algum em jogar junto. Não tive conversa com André
ainda, nem com o Nelsinho sobre essa possibilidade. Se optar pelo André,
que é o dono da posição, não vejo problema nenhum. Já tive em outros
clubes e já soube esperar o meu espaço", pontuou.
Concorrência
à parte, Leandro deseja, sobretudo, um 2018 bem mais positivo que foi
2017 para ele. "Ano passado eu já deixei para trás. Foi um ano muito
complicado para mim. Um dos piores anos de carreira, senão o pior. Foi
uma lesão nova para mim. Fiquei triste, abalado. Mas já esqueci, só
estou focado na minha volta. Agora, com o joelho 100%, quero voltar a
jogar futebol." Em 2017, ele atou pelo Sport 21 vezes na temporada, 13
como titular, e só balançou as redes quatro vezes.
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