Felipe Bolguese e Valdomiro Neto
Publicada em 15/06/2011 às 06:49
Em Montevidéu, Uruguai
As cinzas do vulcão chileno Puyehue são capazes de danificar a turbina de um avião, mas não conseguiram deter Neymar. O atacante superou as ameaças da natureza e, ao lado de toda a delegação santista, conseguiu aterrissar nesta terça-feira em Montevidéu mesmo com a fumaça rondando a cidade. Nesta quarta, às 21h50, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, o jovem atacante pode, aos 19 anos, conseguir um feito que nem mesmo o Rei Pelé atingiu: derrotar o Peñarol no mítico estádio Centenário em uma Copa Libertadores.
Nos seus chamados anos dourados, na década de 60, o Santos teve duas vezes pela frente o time uruguaio em jogos decisivos da competição sul-americana. Na primeira vez, em 62, as equipes disputaram a final em três jogos, sendo que no segundo, no Centenário, Pelé desfalcou a equipe, que saiu vitoriosa.
Quatro anos depois, desta vez pela semifinal, as equipes fizeram outra batalha em três atos. No Centenário, enfim com a presença do camisa 10, os uruguaios saíram exitosos e a majestade passou em branco, sem marcar nenhuma vez.
A reportagem do LANCENET! esteve nesta terça no Centenário e ouviu de Juan Geronimo, um veterano radialista uruguaio, a confirmação de que o Peñarol parou Pelé:
– Pelé não conseguiu brilhar aqui naquele dia, foi parado pela equipe uruguaia.
O retrospecto de Neymar nesta Libertadores em países estrangeiros deixa o santista bastante otimista para esta quarta-feira. Na chamada fase de mata-mata, ele foi vital em jogos na Colômbia e no Paraguai. Contra o Once Caldas, nas quartas de final, um passe açucarado permitiu a Alan Patrick fazer o gol da vitória.
Já diante do Cerro Porteño, nas semifinais, a Joia marcou dois dos três gols do empate em 3 a 3. Os uruguaios já o colocam como homem a ser parado nesse duelo.
Nos debates esportivos locais, ouve-se adjetivos como gênio. E com essa fama, o garoto pode fazer o que Pelé não conseguiu.
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