Estatísticamente, daqui a uns anos, não vai constar que o Sport entrou com mais de meio time reserva. Talvez poucos lembrem tal detalhe. Ninguém vai esquecer, porém, que no dia 18 de abril de 2010, o Náutico exterminou a invencibilidade de 48 jogos do maior rival. Na última rodada da primeira fase, o Campeonato Pernambucano viu o Sport cair pela primeira vez. Carlinhos Bala e Bruno Meneghel fizeram a festa da torcida timbu. Artilheiros do dia, eles escreveram a história do 2 x 0.
Muito provavelmente, também poucos vão lembrar do pênalti duvidoso marcado em favor do Timbu. Às vésperas das semifinais, a vitória do Náutico bota fogo no Pernambucano. O resultado, além de garantir a 2ª colocação e a vantagem de decidir em casa a vaga na final, contra o Santa Cruz, traz novo ânimo aos alvirrubros.
Ligeiramente melhor no início, o Náutico logo viu o Sport equilibrar as ações. Erros de passe e muita marcação dificultaram a vida dos atacantes na etapa inicial. Foram raras as chances de gol. Numa delas, Derley quase abriu o placar aos 19 minutos. Ele armou boa trama pela direita com Daniel, invadiu a área rubro-negra e tocou na saída de Magrão. A bola passou perto.
Pelo lado do Sport, Leandrão criou a melhor chance de gol. Depois de ganhar no corpo do adversário, ele obrigou Glédson a fazer excelente defesa num chute cruzado. Além dessas, mais duas ocasiões de perigo, uma pra cada lado. Magrão espalmou chute perigoso de Bala e Leandrão chegou atrasado para concluir jogada de Eduardo Ratinho. Empate justo no primeiro tempo.
Vitória alvirrubra justa no segundo. Apesar do pênalti duvidoso marcado em favor do Timbu logo no primeiro minuto. Geílson desabou na área após se chocar com Igor Maranhão. Carlos Costa correu para a marca da cal. Carlinhos Bala não perdoou na cobrança. Náutico 1 x 0. O gol foi a senha para o Alvirrubro tomar conta do jogo.
Na sequência, Isael tomou o segundo amarelo, deixou o campo expulso e abriu ainda mais caminho em favor do Náutico. À vontade no gramado, o time de Alexandre Gallo soube botar a bola no chão e aproveitar os espaços. O segundo gol seria questão de tempo, de exatos 14 minutos. Numa bobeira da zaga rubro-negra, Bruno Meneghel recebeu passe de Daniel livre na área. Os três zagueiros leoninos ficaram observando Daniel, enquanto o atacante chutava no canto, sem chances para Magrão. Festa da torcida alvirrubra.
No decorrer do segundo tempo, Givanildo Oliveira ainda tentou fazer operar o improvável milagre ao mandar os titulares Zé Antônio e Eduardo Ramos a campo. Não adiantou. Àquela altura, o Náutico manobrava o destino do jogo como um domador de circo. Pacientemente, fazia a bola correr. Se dava ao trabalho apenas de aquietar o já manso Leão da Ilha. Definitivamente, era dia de Timbu nos Aflitos.
Ficha do jogo
Árbitro: Carlos Costa
Assistentes: Ubirajara Ferras e Pedro Wanderley
Náutico: Glédson; Daniel, Diego Bispo, Vinícius e Tinga (Bruno Meneghel); Hamilton, Derley (Dinda), Ramirez (Nilson) e Zé Carlos; Carlinhos Bala e Geílson. Técnico: Alexandre Gallo
Sport: Magrão; Eduardo Ratinho, César e Igor Maranhão e André Luiz; Tobi, Levi (Zé Antônio), Isael e Ricardinho; Leandrão (Everton Felipe) e Dairo (Eduardo Ramos). Técnico: Givanildo Oliveira
Público: 12.546
Renda: R$ 29.020,00
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