domingo, 30 de junho de 2013

Drama tropical: Buffon brilha nos pênaltis, e Itália leva o terceiro lugar

 por Carlos Augusto Ferrari

Em alguns anos, talvez, poucas pessoas se recordarão que Uruguai e Itália terminaram a Copa das Confederações de 2013 entre os quatro melhores. Seria “apenas” a disputa do terceiro lugar, mas o jogo deste domingo, na Arena Fonte Nova, em Salvador, foi digno de uma final, uma mistura de drama e crueldade com dois times esgotados fisicamente debaixo de muito sol pelo horário ingrato. Depois do empate por 2 a 2 no tempo normal e de 30 minutos sem gol na prorrogação, Buffon pegou três pênaltis e deu a vitória à Azzurra por 3 a 2.
O lendário goleiro italiano de 35 anos se redimiu depois de um torneio instável, principalmente quando falhou na derrota para o Brasil. No tempo normal, fez defesas importantes e um milagre com os pés em chute de Forlán cara a cara - embora tenha pulado atrasado no segundo gol celeste. Nas batidas, repetiu a dose e defendeu a cobrança do atacante do Inter. Em seguida, para salvar o erro de De Sciglio, pegou o de Cáceres e o de Gargano, assegurando o honroso terceiro lugar. Com isso, acabou sendo, ao lado de Cavani, eleito melhor em campo, o destaque da partida, ainda que os pênaltis tenham sido mal cobrados.
Com público pagante anunciado de 43.382, em um estádio com o gramado sofrido no final, Celeste e Azzurra mostraram desde o início os motivos por quase terem eliminado Brasil e Espanha nas semifinais. Foram gigantes, legítimos donos de seis títulos mundiais somados. Os italianos superaram qualquer escala de esforço físico e psicológico depois de enfrentarem um duelo de 120 minutos e uma decisão por pênaltis há três dias. Sem Pirlo e tantos outros, brilharam os reservas. Astori, em falha do goleiro Muslera, e Diamanti, de falta, marcaram.

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