por
Carlos Augusto Ferrari
Em alguns anos, talvez, poucas pessoas se recordarão que Uruguai e
Itália terminaram a Copa das Confederações de 2013 entre os quatro
melhores. Seria “apenas” a disputa do terceiro lugar, mas o jogo deste
domingo, na Arena Fonte Nova, em Salvador, foi digno de uma final, uma
mistura de drama e crueldade com dois times esgotados fisicamente
debaixo de muito sol pelo horário ingrato. Depois do empate por 2 a 2 no
tempo normal e de 30 minutos sem gol na prorrogação, Buffon pegou três pênaltis e deu a vitória à Azzurra por 3 a 2.
O lendário goleiro italiano de 35 anos se redimiu depois de um torneio
instável, principalmente quando falhou na derrota para o Brasil. No
tempo normal, fez defesas importantes e um milagre com os pés em chute
de Forlán cara a cara - embora tenha pulado atrasado no segundo gol
celeste. Nas batidas, repetiu a dose e defendeu a cobrança do atacante
do Inter. Em seguida, para salvar o erro de De Sciglio, pegou o de
Cáceres e o de Gargano, assegurando o honroso terceiro lugar. Com isso,
acabou sendo, ao lado de Cavani, eleito melhor em campo, o destaque da
partida, ainda que os pênaltis tenham sido mal cobrados.
Com público pagante anunciado de 43.382, em um estádio com o gramado
sofrido no final, Celeste e Azzurra mostraram desde o início os motivos
por quase terem eliminado Brasil e Espanha nas semifinais. Foram
gigantes, legítimos donos de seis títulos mundiais somados. Os italianos
superaram qualquer escala de esforço físico e psicológico depois de
enfrentarem um duelo de 120 minutos e uma decisão por pênaltis há três
dias. Sem Pirlo e tantos outros, brilharam os reservas. Astori, em falha
do goleiro Muslera, e Diamanti, de falta, marcaram.
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