quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Calejado por pressão caseira, Brasil enfrenta a Argentina em caldeirão

Por Leandro Canônico e Rodrigo Faber Resistência, Argentina


Jogar na Argentina é sempre complicado. Ainda mais em um estádio acanhado, como o Centenário, em Resistencia, com capacidade para 25 mil pessoas. Em outro momento, a seleção brasileira poderia até ver isso como pressão. Mas depois de três jogos em casa, dois deles com forte cobrança da própria torcida, o time de Mano Menezes está calejado para a decisão do Superclássico das Américas, nesta quarta-feira, às 22h.

No último dia 7 de setembro, no Morumbi, na vitória por 1 a 0 sobre a África do Sul, a torcida paulista vaiou a Seleção, pegou no pé de Neymar e de Leandro Damião. Já no dia 19 do último mês, no triunfo por 2 a 1 sobre a Argentina, em Goiânia, o alvo foi Mano Menezes. Irritados, os torcedores locais pediram o retorno de Felipão e deram "adeus" ao atual comandante da equipe verde e amarela.

Entre esses dois jogos, a seleção brasileira teve uma folga na goleada por 8 a 0 sobre a China, no Recife. No nordeste, a torcida apoiou muito. Até pelo placar elástico construído. É evidente, porém, que o clima de pressão "venceu" e o Brasil decide o título do Superclássico das Américas com a cobrança de um bom futebol. Por ter vencido em casa, a Seleção joga por um empate para ser bicampeã.


- Os argentinos estarão torcendo muito pela Argentina contra o Brasil, porque é assim que tem de ser. Da mesma maneira que o torcedor brasileiro torceu no começo em Goiânia. Tivemos uma atuação superior ao nosso adversário por lá e é com esse parâmetro que vamos entrar nesse jogos. Queremos repetir a boa atuação e sair com o título de lá - comentou Mano Menezes.
Para os jogadores, o principal desafio em Resistencia será encarar a tradicional "catimba" dos hermanos. Muito embora o confronto em Goiânia tenha sido tranquilo nesse aspecto, o meia Thiago Neves não espera o mesmo em solo argentino. Até porque eles precisam vencer por dois ou mais gols de diferença para tirar o título do Superclássico das Américas do Brasil.
- Acho que vai ter catimba, mas o torcedor tem de respeitar do jeito que a gente respeitou em Goiânia. Vamos jogar futebol. É claro que é um clássico, tem rivalidade, mas fora de campo não tem de ter violência. Dentro é normal ter discussão - alertou o meia do Fluminense, lembrando que recentemente, em uma passagem da seleção brasileira sub-20, houve problemas com a torcida de Resistencia.
Mudanças no Superclássico
A seleção brasileira tem uma mudança confirmada para o duelo desta quarta-feira, contra a Argentina: Thiago Neves ganhou a vaga de Jadson no time titular. Por outro lado, o técnico Mano Menezes manteve o mistério em relação ao substituto de Luis Fabiano, vetado por conta de um problema na coxa direita.
 

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