Por Igor Castello Branco*
Rio de Janeiro
Após dar os primeiros passos no futebol na Ilha da Madeira, Cristiano Ronaldo
rumou para o continente com um convite para fazer um período de testes
no Sporting de Lisboa aos 12 anos. A aprovação no exame revelou o que o
mundo descobriria anos mais tarde: um jogador com um talento fora de
série. Na capital, o prodígio teve de superar a solidão, a adaptação ao
novo estilo de vida e o “bullying” de seus colegas das categorias de
base por causa de seu sotaque.
Os primeiros anos em Lisboa foram complicados, mas a saudade de seus
familiares foi preenchida com a dedicação ao futebol e com o apoio dos
amigos do Centro de Estágio de Alvalade, como Fábio Ferreira,
companheiro de Ronaldo na base.
- Fomos colocados no mesmo quarto e na mesma escola. A partir daí
começamos uma bela parceria. Éramos muito unidos.Tínhamos muita vergonha
por causa dos nossos sotaques, eu era de Algarve e ele da Madeira. O
Sporting pagava três passagens por ano para visitarmos nossos parentes.
Tínhamos muitas saudades de casa, choramos muitas vezes, mas sempre
colocamos nossos objetivos à frente disso tudo. A nossa distração era a
bola, era jogar futebol - disse o ex-jogador do Sporting.
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