Após a falta de energia na noite de ontem no estádio Cornélio de Barros, que paralisou a partida entre o Salgueiro e a Cabense, enquanto esta vencia por 1 a 0, o clube do Cabo viu-se num impasse. Jogar ou não a partida remarcada para as 16h desta sexta-feira, no mesmo local.
O clube resolveu voltar para casa, parou no meio do caminho em Serra Talhada para dormir, mudou de ideia pela manhã e, por fim, retomou o plano inicial de não comparecer ao novo encontro, que seria disputado desde o início, desconsiderando o gol marcado por Rosivaldo.
Assim, o Salgueiro entrou em campo na hora marcada, junto com o trio de arbitragem comandado por Gilberto Castro. Às 16h35, foi confirmada a vitória do Salgueiro por W x O. E agora a disputa pelos pontos irá para o Tribunal.
Segundo o gerente de futebol da Cabense, Carlos Kila, o clube vai lutar pelo seus direitos no Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco, respaldado nas Normas Especiais do Campeonato Pernambucano 2011, no artigo 23º, parágrafos 1 e 3, e no artigo 28º, em seu primeiro parágrafo.
"Nós temos documentados de que a Celpe se exime de culpa e que não houve queda de energia. A responsabilidade é do time mandante. Consultamos o departamento jurídico, que nos aconselhou a não entrar em campo. Vamos ao tribunal tranquilos. Nosso direito é forte."
Quanto ao artigo 24º, segundo o qual "A partida não iniciada pelos motivos constantes no Parágrafo 1º do Artigo 23 destas normas será, obrigatoriamente, jogada integralmente no dia seguinte se houverem cessado os motivos que adiaram a partida, desde que nenhuma das associações haja dado causam ao adiamento", a argumentação da Cabense é que o mandante, Salgueiro, deu causa ao adiamento, pela má manutenção no estádio.
Enquanto isso, o Salgueiro afirma que não cometeu qualquer irregularidade. "Eu acho que nessa hora tem o lado do torcedor. Faltou um pouco do respeito com o torcedor. Houve aí falha ou da Celpe ou da Prefeitura, vamos ver de quem é a culpa. Mas eu acho que o jogo se ganha dentro de campo, são 11 x 11, e não é por aí, não", disse o presidente de honra do clube, Clebel Cordeiro.
Por volta das 9h desta sexta-feira, por telefone, o técnico da Cabense, Paulo Júnior, anunciou que o grupo estaria em campo. Porém a diretoria da Cabense voltou atrás da decisão. Ela faz uso do artigo 28 do regulamento da Federação Pernambucana de Futebol que diz: "Sendo a partida suspensa por falta de iluminação adequada ou por conflitos ou distúrbios graves no campo ou no estádio, a Associação detentora do mando de campo nesse estádio será responsabilizada pela suspensão. A Associação que for responsabilizada terá o estádio interditado por, no mínimo, trinta (30) dias, perda do mando de campo de uma ou duas partidas por decisão da FPF, independentemente de seu indiciamento e julgamento pelo TJD". A Cabense deve levar a questão ao Tribunal de Justiça Desportiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário