Em 2018, o clássico entre Náutico e Sport completará 109 anos, sendo o terceiro mais antigo do Brasil, atrás apenas dos duelos entre Botafogo e Fluminense e Grêmio e Internacional. Porém, em todos esses anos, os dois rivais talvez nunca entraram em campo em situações tão opostas quanto a do jogo desta quarta-feira, às 21h30, na Arena de Pernambuco, pela 3ª rodada do Campeonato Pernambucano. No caso, o Rubro-negro, que vai para o seu quinto ano consecutivo na Série A, manteve base do elenco e possui uma folha salarial 17 vezes maior (R$ 3,4 milhões x R$ 200 mil). Além disso, os alvirrubros ainda estão dando os primeiros passos no ano após a reformulação do elenco, motivada com a queda à Série C e vários erros administrativos que aprofundaram a disparidade.
Entre os personagens do jogo, posturas diferentes diante do abismo atual entre os clubes. Pelo lado do Náutico, apesar do reconhecimento do favoritismo pelo rival, a promessa de que o time, que ainda não convenceu na temporada, vai encarar os leoninos de igual para igual. “Quando a gente entra em campo, não quer saber da conta bancária de ninguém, nem quanto o outro está ganhando ou recebendo. Existem treinamentos e profissionais capacitados aqui também. Uma estrutura muito boa para a gente também e temos que honrar essas cores que estamos defendendo”, destacou o meia Júnior Timbó.
Palavras
que encontraram respaldo com o técnico Roberto Fernandes, que vai
apostar no aspecto motivacional para tentar igualar a diferença
existente entre os times. “O favoritismo do Sport é uma realidade, mas o
Náutico como mandante vai lutar. Não vamos ser uma equipe acovardada e
limitada a marcar. O Náutico vai manter uma postura de equipe grande e
de tradição no estado, como tem que ser em um clássico”, garantiu.
Rubro-negros negam favoritismo
Já
o técnico e os jogadores do Sport preferem não levar em conta o lado
financeiro e negam favoritismo no jogo. Uma forma, antes de tudo, de
evitar um possível “oba-oba” antes da partida. O treinador Nelsinho
Batista garante que não vislumbra o Náutico como uma presa fácil. Neste
início de temporada, prefere colocar os times em pé de igualdade.
“Sabemos
que não existe favoritismo. As equipes estão em momento de preparação
ainda. O que temos que fazer é ter muita atenção e sermos compenetrados
para que os erros não facilitem o adversário”, frisou o treinador, que
sob o comando do Sport nunca perdeu para o Náutico. Entre 2008 e 2009,
em seis jogos, acumula três vitórias e três empates.
O
zagueiro Ronaldo Alves, que já defendeu as cores vermelha e branca,
segue raciocínio. Comandado por Roberto Fernandes quando defendeu o
Timbu, acredita que o treinador rival será é capaz de fazer o Náutico
medir forças com o Sport. “A gente vai preparado para um grande jogo.
Conhecemos o Roberto e sabemos que ele é motivador. Vamos preparado para
encarar um grande adversário. Em campo, são 11 contra 11. Todo clássico
tem a sua dificuldade”, resumiu.
Ficha do jogo
Náutico
Jefferson;
Thiago Ennes, Camutanga, Negretti (Breno Calixto) e Gabriel Araújo;
Josa, Hygor, Wallace Pernambucano e Júnior Timbó; Daniel Bueno e Medina.
Sport
Magrão;
Felipe Rodrigues (Fabrício ou Raul Prata), Ronaldo Alves, Durval e
Sander; Anselmo, Pedro Castro, Marlone e Lenis; Rogério e Thomás
(Gabriel). Técnico: Nelsinho Batista.
Estádio: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata-PE).
Horário: 21h30.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez (PE).
Assistentes: Marcelino Castro de Nazaré (PE) e Bruno César Chaves Vieira (PE).
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (setor leste inferior) e R$ 50 (setor oeste inferior e norte superior para visitantes).
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