POSTADO POR Rômulo Alcoforado
Embora o Campeonato Brasileiro esteja na 16ª rodada - primeiro turno,
portanto-, a situação do Náutico já se desenha muito preocupante. Quase
desesperadora. A equipe estacionou nos oito pontos e nas duas vitórias.
Pior: na lanterna do torneio. Neste domingo, o time visitou o Bahia numa
disputa factível pela vitória. Não deu, como não tem dado em geral
neste ano. O Timbu foi derrotado por 2 x 0, gols de Helder e Fernandão,
ambos no segundo tempo.
O JOGO - A estratégia alvirrubra foi bem definida.
Defender-se bem e sair no contra-ataque, em estocadas eventuais -
sobretudo do atacante Jones Carioca. No primeiro tempo, praticamente só
conseguiu cumprir a primeira ordem. Foi ajudado, também, pelo próprio
Bahia. Que, como o Náutico, deixou muito a desejar na criação de
jogadas. As melhores chegadas dos tricolores foi via bola aérea. A
primeira delas, por exemplo, logo aos dois minutos. O alto Fernandão
subiu bem e conseguiu cabecear. A bola passou ao lado do gol de Berna.
Aos 18, Fernandão recebeu como pivô e serviu Wallyson, que chegava de
trás. O atacante chutou forte, mas chutou mal. Muito fora. Tecnicamente,
a partida era fraca. O Náutico dependia da velocidade de Jones Carioca -
e só essa afirmação dá a dimensão do problema alvirrubro. Olivera,
novamente, foi inofensivo. Entrou e saiu do jogo quase sem ser
percebido. Derley correu como sempre, mas errou como nunca. Com um meia
só e laterais que apoiam pouco, o Timbu teve dificuldades para criar.
Tiago Real não funcionou, mais uma vez, como único meia do time - o
homem responsável por articular jogadas.
Embora não tenha atuado bem, foi dele a principal chance. Aos 44,
recebeu cruzamento de Olivera e mandou para as redes. Para o gol. A
jogada, no entanto, foi anulada. O jogador estava, de fato, um "pezinho"
na frente do último marcador.
No segundo tempo, a toada seria parecida. Os dois times voltaram sem
substituições. O ponto positivo do Náutico, contudo, não se repetiu. A
marcação caiu. Tanto que, logo aos 11 minutos, o Bahia abriu o placar. É
preciso, no entanto, admitir o mérito de Helder. O volante deu um
belíssimo chute de fora - sem chance para Berna. Ato contínuo, o técnico
Jorginho mexeu. Por que não antes?, perguntam-se os alvirrubros. Fato é
que, um minuto depois, ele sacou Olivera e mandou a jogo o quase
esquecido Belusso - que fez o mesmo que o uruguaio: ocupou espaço no
gramado.
Aos 18, mais uma mudança: Derley saiu. Maikon Leite entrou. A alteração
até providenciou um ânimo extra à equipe - que esboçou uma reação.
Durante este período, a melhor chance foi aos 23 minutos. Leandro Amaro
desviou cruzamento no primeiro pau e quase surpreendeu. Marcelo Lomba,
atento, espalmou. O Alvirrubro tentava o empate - mas sofreu mais um.
Aos 31, Fernandão, que já assustara, ampliou.
Seu parceiro de ataque, Wallyson, cruzou da esquerda. O atacante,
1,89m, disputou a bola no alto com Bruno Collaço, 1,73m. Não tinha outra
opção: Leandrão levou vantagem e concluiu para o gol. Aos 36, Morales
entrou, mas nada pôde fazer. Nem tempo teve. Em doze minutos, com
acréscimos, produziu pouco. Como todo o time, afinal.
Ficha do Jogo
Bahia: Marcelo Lomba;Mádson, Demerson, Lucas Fonseca e Raul; Rafael
Miranda (Diones), Hélder, Fahel e Marquinhos Gabriel (Feijão); Fernandão
(Obina) e Wallyson. Técnico: Cristóvão Borges
Náutico: Ricardo Berna; Auremir, João Filipe, Leandro Amaro e Collaço
(Morales); Elicarlos, Martinez, Derley (Maikon Leite) e Tiago Real;
Jones Carioca e Olivera (Jonatas Belusso). Técnico: Jorginho
Local: Arena Fonte Nova; Horário: 16h; Árbitro: Wagner do Nascimento
Magalhães (RJ); Assistentes: Broney Machado (PB) e Vicente Romano Neto
(SP); Cartões amarelos: Lucas Fonseca, Demerson, Fahel (Bahia);
Martinez, Bruno Collaço (Náutico); Gols: Helder (aos 14 do 2ºT) e
Fernandão (31 do 2ºT) para o Bahia; Público: 12.578; Renda: R$
315.190,00
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