Da Agência Estado
Se havia qualquer dúvida de que o Bayern de Munique está pelo menos no
mesmo nível do Barcelona na briga pelo posto de melhor time do mundo,
ela foi dizimada nesta terça-feira. Com uma atuação irrepreensível, a
equipe alemã goleou o Barça por 4 a 0 na Allianz Arena e só em caso de
uma atuação homérica de Messi e companhia na volta, quarta-feira que
vem, não vai à sua terceira final de Liga dos Campeões em quatro anos.
Não se pode negar, também, a ajuda do árbitro Viktor Kassai. O húngaro
mandou seguir posição duvidosa de Gomez no segundo gol e não deu falta
clara e decisiva de Müller em Busquets antes do gol de Robben, o quarto.
Temido pela sua tradição, pela força da camisa e agora pelo futebol
vistoso e mesmo assim de resultados, o Bayern ainda ficará mais forte.
Pela manhã, o clube confirmou a contratação de Gotze, destaque do
Borussia Dortmund. Ele era um dos reforços pedidos para Guardiola,
técnico que assume o Bayern na temporada que vem.
O JOGO - Dúvida até horas antes do jogo, Messi passou no teste final e
foi escalado como titular pelo técnico Tito Vilanova ao lado de Sánchez e
Pedro. Do outro lado, Mandzukic, suspenso, deu lugar a Gomez, enquanto
Kross, machucado, foi substituído por Robben.
Fazendo valer o mando de campo, o Bayern começou no ataque e por pouco
não abriu o placar logo no primeiro minuto. O Barcelona errou a linha de
impedimento, Martínez invadiu a área e tocou de calcanhar para Robben. O
holandês tinha Gomez e Ribéry livres no meio, mas preferiu o chute de
bico, que foi em cima de Valdés.
A luta maior, porém, era pela posse de bola. Com um meio-campo mais
ofensivo do que marcador, o Bayern repetia a estratégia do Barcelona e
marcava adiantado. Quando tinha a posse dela também trocava passes com
eficiência. Nenhum dos dois times, porém, tinha facilidade para entrar
na área adversária.
O jeito era aproveitar a deficiente marcação do Barcelona pelo alto.
Foi assim que saiu o primeiro gol. Ribéry bateu escanteio pela esquerda,
a bola cruzou a área e caiu com Robben, que cruzou de novo. Dante
escorou de cabeça e Müller, nas costas de Piqué, mandou para o gol.
O zagueiro brasileiro foi decisivo também para evitar o empate. Pouco
depois, tirou dos pés de Messi o cruzamento certeiro de Pedro. O
argentino, aliás, jogava claramente baleado. Sem ele, Iniesta ficou sem
referência. Xavi era bem marcado e a conclusão disso tudo é que o
Barcelona não assustava.
Para piorar, o Bayern fez o segundo logo no começo do segundo tempo,
num lance aparentemente irregular, mas novamente pelo alto. Robben bateu
escanteio, Müller desta vez foi quem escorou, aproveitando uma saída
errada de Valdés, e Gomez marcou. O Barcelona reclamou de impedimento do
centroavante.
O 2 a 0 no placar fez o Barcelona se ver obrigado a buscar o ataque,
mesmo sabendo o enorme risco que corria no contra-ataque. Mas a pressão
durou pouco. Mais tranquilo, logo o Bayern voltou a dominar a partida e
fez o terceiro aos 27 minutos. Robben recebeu na direita da área,
marcado por Alba, mas Müller logo chegou para derrubar o lateral. O
árbitro nada deu e abriu caminho para o holandês sair na cara de Valdés e
ampliar.
Heynckes já havia fechado o time, com Luiz Gustavo no lugar de Gomez,
mas o Bayern continuava soberano. O justo quarto gol saiu aos 36
minutos. Ribéry apareceu pela esquerda minutos depois de pedir
substituição, foi à linha de fundo e rolou para Müller marcar o quarto
gol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário