Gazeta Press Rio de Janeiro (RJ)
O Vasco recebe o Universitario nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro (RJ), com uma ingrata missão a cumprir para continuar na Copa Sul-Americana. O Cruzmaltino, derrotado por 2 a 0 no confronto de ida das quartas de final, na semana passada, no Peru, terá que golear por três ou mais gols de diferença para avançar na competição. Se devolver o 2 a 0, o time brasileiro forçará a disputa de pênaltis.
Já o repertório que os peruanos podem usar para se classificarem é bem maior, englobando até mesmo derrotas por dois gols de diferença, a partir de 3 a 1, uma vez que os tentos anotados como visitante valem para critério de desempate.
O adversário do vencedor do encontro desta quarta-feira nas semifinais dependerá do time que prosseguir na disputa, pois a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) não permite uma final entre equipes de mesmo país.
Abalado pela derrota por 2 a 0 para o Santos, no fim de semana, que impediu o time de assumir a liderança no Campeonato Brasileiro, o Vasco chega para este encontro ciente das dificuldades que terá pela frente.
"Sabemos que não será uma tarefa muito fácil. Uma coisa é você ir a campo e dar uma goleada como fizemos nas oitavas de final (8 a 3 sobre o Aurora-BOL). Outra é você entrar em campo com a necessidade de dar uma goleada. A pressão é muito maior. Mas temos que tentar alcançar este objetivo, mesmo sabendo o desgaste que será preciso para isso", comentou o técnico Cristóvão Borges, que vem exibindo preocupação com o cansaço de alguns jogadores.
Na visão dos atletas vascaínos, a possibilidade de classificação existe sim e eles lutarão para isso. A goleada sobre o Aurora serve de exemplo para eles.
"Perdemos de 3 a 1 na Bolívia e depois conseguimos meter oito no Rio de Janeiro. Claro que teremos mais dificuldades agora e que nosso adversário tem qualidades e não obteve a vantagem em casa por acaso. Mas contando com o apoio da torcida e mostrando o nosso melhor futebol acredito que podemos pensar na classificação", disse o goleiro Fernando Prass.
Cristóvão Borges só pretende revelar a escalação que vai a campo momentos antes da partida, mas deve preservar novamente alguns titulares por conta do clássico do próximo domingo, diante do Botafogo. Todos os titulares à disposição, no entanto, foram relacionados, colocando um ponto de interrogação sobre qual time entrará no gramado.
Pelo lado do Universitario existe um grande otimismo para este jogo. Mergulhado em uma profunda crise financeira e fazendo péssima campanha no Campeonato Peruano, onde amarga a 13ª colocação após empate sem gols com o modesto Inti Gas, o time vê na Sul-Americana a salvação da temporada.
"Estamos muito sólidos no nosso sistema defensivo e será muito complicado furar o nosso bloqueio. Além disso, estamos conseguindo criar boas oportunidades em contra-ataques, o que nos tem dado uma boa campanha nesta Copa Sul-Americana. Estamos otimistas para essa classificação", disse o volante Rainer Torres.
Na visão do zagueiro Carlos Galván, o time peruano precisa segurar o ímpeto inicial do Vasco. "Vamos precisar segurar os vinte primeiros minutos, quando eles buscaram o gol de qualquer maneira. Depois disso será o momento de procurarmos os espaços na defesa deles".
Para este compromisso o treinador de La U, José del Solar, também faz mistério, mas vai manter a base que se saiu vitoriosa no confronto de ida. A aposta é no poder de marcação de Vitti e Ampuero, este, por sinal, única novidade, substituindo o rápido Flores, que fica como opção entre os reservas.
FICHA TÉCNICA
VASCO x UNIVERSITARIO-PER
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 7 de novembro de 2011 (Quarta-feira)
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)
Assistentes: Milciades Saldivar (Paraguai) e Cesar Franco (Paraguai)
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Dedé (Douglas) e Márcio Careca (Julinho); Nilton, Fellipe Bastos, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Éder Luis (Bernardo) e Alecsandro
Técnico: Cristóvão Borges
UNIVERSITARIO: Llontop; Mendoza, Galliquio, Rabanal e Galván; Torres, Gonzales, Vitti e Ampuero; Ruidíaz e Fano
Técnico: José del Solar
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