O Santa Cruz voltou a jogar melhor no segundo tempo e construiu a vitória por 2x1 sobre o Alecrim neste domingo (18), no Arruda, pela última rodada da primeira fase da Série D. O resultado classificou o campeão pernambucano em segundo lugar no grupo 3. Na próxima fase, já em jogos de mata-mata, os corais enfrentam o Coruripe, primeiro colocado do grupo 4. A primeira partida será em Alagoas e a segunda, no Arruda. A CBF deve confirmar as datas no início desta semana.
A bola mal começou a rolar e o Santa Cruz conseguiu seu gol. Aos 50 segundos, Flávio Recife disputou bola com o marcador e ela sobrou para Ludemar chutar no canto do goleiro Dida. Nada melhor do que marcar um gol antes de um minuto para acalmar qualquer ânimo mais exaltado. Só que o time da casa preferiu recuar sua marcação após a vantagem precoce.
O Alecrim, que também precisava vencer para avançar na competição, tentou ir para cima. Porém, a marcação forte dos corais e uma boa dose de deficiência técnica do time potiguar fizeram o jogo ficar feio, truncado. Só a partir dos 15 minutos os visitantes conseguiram encaixar o jogo. Muito disso pelo espaço dado pelos corais.
E numa sequência de ataques logo após Flávio Recife demorar demais a tocar para Ludemar, o Alecrim chegou à igualdade. Aos 17, Everton cruzou da direita e Andrei, livre, completou por cima. Aos 20 foi a vez de Diego bater falta da direita e obrigar boa defesa de Tiago Cardoso. Finalmente, aos 21, Diego cruzou da direita e ninguém apareceu para completar. A bola quicou no gramado e entrou no canto alto direito.
A partida, que já estava equilibrada antes do empate, ficou perigosa. Os jogadores corais demonstraram nervosismo e passaram a errar passes em demasia. Como resultado, a ida ao ataque ficou comprometida. Foi preciso um jogador experiente entrar em ação. Dutra o fez aos 28 numa cobrança falta. O goleiro tirou de soco.
A partir daí perdurou o equilíbrio. Os dois times tiveram condições de tomar a frente do placar. O Santa, por vezes pecava pela precipitação. Enquanto o Alecrim oscilava entre uma marcação pressão e mais recuada no meio de campo. Numa na saída de bola pernambucana, Pinduca avançou e só perdeu o gol porque a bola quicou na hora de finalizar. O chute saiu fraco e para fora, aos 35 minutos.
No intervalo, jogadores e comissão técnica permaneceram no gramado. A intenção foi evitar possíveis apupos da torcida por conta do resultado e aumentar o poder de concentração dos jogadores, pois sem mudança de ambiente, "sentiriam" mais o clima da partida.
Coincidência ou não, deu certo. Aos sete minutos, Dutra fez boa jogada pela esquerda e tentou por cobertura. A bola desviou na zaga e sobrou limpa para o Weslley. Ele ajeitou o corpo e chutou forte. A bola ainda desviou na trave esquerda antes de entrar. Novamente em vantagem o Santa optou em se fechar para encontrar os melhores espaços no contra-ataque.
Isso ficou ainda mais evidente com a entrada de Jefferson Maranhão, um meia de velocidade, no lugar de Natan, que quase nada acrescentou enquanto esteve em campo. O time tricolor evoluiu consideravelmente e o próprio Maranhão foi o primeiro a perder uma grande chance. Da meia-lua ele mandou raspando a trave direita.
A segunda chance foi ainda mais clara. Ricardinho, que entrara no posto de Flávio Recife, conseguiu um passe que o antecessor não conseguira durante os mais de 60 minutos que esteve em campo. Ele mandou rasteiro e Ludemar dominou frente a frente com o goleiro. Mas a bola ficou muito perto de seu pé e a finalização não saiu. Ficou com o goleiro.
Weslley teve outra chance de fazer o terceiro após grande passe de Ricardinho. Eram ele e o goleiro, adiantado, diga-se de passagem, frente a frente. O capitão tricolor deixou a categoria que lhe é característica de lado e preferiu a força. Terminou chutando em cima do goleiro.
Tudo caminhava bem até o atacante Kiros fazer uma jogda irresponsável e desnecessária. Aos 41 minutos ele foi desarmado por Ramon e entrou de carrinho violentamente no adversário. O juiz não titubeou e o expulsou diretamente. Felizmente para os tricolores isso não foi suficiente para o Alecrim assustar.
Ficha do jogo:
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Roma, Leandro Souza, André Oliveira e Dutra; Chicão, Memo, Weslley e Natan (Jefferson Maranhão); Flávio Recife (Ricardinho) e Ludemar (Kiros). Técnico: Zé Teodoro.
Alecrim-RN: Dida; Everton, Ramon, Anderson e Delano (Marcelo); Gavião (Tony), Nino, Willian Carioca e Diego; Andrei (Edvaldo) e Edvan Pinduca. Técnico: Carlos Gutemberg.
Local: Arruda. Árbitro: Felipe Duarte Varejão (ES). Assistentes: Jossemmar Diniz e Albert Júnior (PE). Gols: Ludemar, a um minuto. Diego, aos 21 do primeiro tempo. Weslley, aos sete. Cartões amarelos: Flávio Recife, Diego, Nino e Everton. Expulsão: Kiros. Renda: R$ 322.893. Público: 33.999
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