sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cerro Porteño bate Jaguares e reencontra o Santos na semifinal

O Cerro Porteño será o adversário do Santos na semifinal da Copa Libertadores da América. Nesta quinta-feira, o time paraguaio bateu em casa o Jaguares-MEX pelo placar de 1 a 0. As duas equipes tinham empatado em 1 a 1 no México.

O primeiro jogo entre Santos e Cerro Porteño terá mando do clube brasileiro, já que os paraguaios fizeram melhor campanha na primeira fase. Dessa forma, a equipe de Muricy Ramalho terá a desvantagem de decidir a vaga na final fora de casa. Em compensação, se o adversário fosse o Jaguares, os santistas fariam o segundo jogo em casa, mas teriam que enfrentar uma viagem mais longa.

A ideia de evitar o desgaste chega em um ótimo momento para o Santos. O técnico Muricy Ramalho tem reclamado bastante do calendário e do cansaço de seus jogadores. Após o duelo contra o Once Caldas, Muricy voltou a falar sobre o tema.

"Chega de querer ser romântico. Agora, acabou. Senão daqui a pouco chega sem jogador (nas finais da Libertadores). Vamos jogar sábado, nem domingo é, não tem chance de recuperar. Vai jogar um time que não sei nem quem vai jogar. A maratona é terrível. (Colocar o time titular) É ser bobo, coisa que não sou", anunciou Muricy, pensando na estreia no Campeonato Brasileiro, diante do Internacional.

O Santos, aliás, já enfrentou o Cerro Porteño duas vezes nesta edição da competição continental. Ambos caíram no mesmo grupo e os brasileiros terminaram invictos diante dos rivais, já que houve empate por 1 a 1 na Vila Belmiro e vitória alvinegra por 2 a 1 como visitante (neste jogo, inclusive, o Santos estava pressionado e contou com uma grande atuação de Paulo Henrique Ganso para encaminhar a sua classificação). O Cerro, porém, foi líder da chave nos critérios de desempate e, por isso, fará a segunda semifinal em casa.

Classificação que foi possível com uma ajuda de Villaseñor. O goleiro do time mexicano saiu mal depois de bola levantada na área e socou a bola na cabeça de Pedro Benítez, que só percebeu seu feito, sem querer, ao ver a bola entrar na rede aos 25 minutos do segundo tempo. Depois, bastou aos anfitriões continuarem na defesa para ficarem com a vaga.

O jogo

Ciente de que o 0 a 0 classificaria o Cerro Porteño, o Jaguares entrou em campo visivelmente disposto a ditar rapidamente o ritmo da partida. Nem precisou se esforçar para ficar com a bola e evitar uma pressão adversária. Os anfitriões mostraram desde o apito inicial que não se arriscariam.

O problema para os mexicanos é que a convicção dos donos da casa em seguir o regulamento era tanta que se transformou dentro de campo em uma obediência tática irrepreensível. Bem distribuído, o Cerro não se envergonhava de olhar o rival trocar passes em um estádio lotado, mas não o permitia dar trabalho ao goleiro Barreto. Iturbe, meia-atacante mais conhecido do Cerro, nem saiu do banco.

Os visitantes tentaram entrar na área paraguaia de todas as formas: lançamentos longos, tabelas, cruzamentos. Mas não levava perigo nem mesmo em arremates de fora da área. Los Felinos, como é conhecido o time, caiam até na catimba dos paraguaios, enervando-se com a sequência de faltas no círculo central.

O Jaguares foi para o intervalo tentando achar criatividade para ser eficiente com a bola nos pés. E se surpreendeu com um Cerro Porteño que decidiu jogar no segundo tempo. Os paraguaios avançaram suas linhas de marcação, deixaram os mexicanos ainda mais longe de seu gol e passaram a reter a bola, trocando passes por mais tempo na intermediária adversária.

O equilíbrio conquistado em campo valeu o gol da classificação. Aos 25 minutos do segundo tempo, depois de um escanteio cobrado da esquerda, Villaseñor saiu de sua meta de maneira confusa e tentou afastar a bola com um soco. O problema é que ela nem saiu de sua área porque bateu na cabeça de Benítez e balançou a rede.

No desespero, o Jaguares ainda carimbou o travessão em finalização de Miguel Martínez dois minutos após sofrer o gol. Mas não teve nem força psicológica para pressionar. Mesmo com o astro Iturbe no banco, a torcida do Cerro já gritava "olé" com a maior posse de bola e pôde vibrar com a expulsão do zagueiro Fuentes, da equipe mexicana. A vaga na semifinal já estava nas mãos do time mais inteligente em campo.

FICHA TÉCNICA:CERRO PORTEÑO-PAR 1 X 0 JAGUARES-MEX

Local: estádio General Pablo Rojas, em Assunção (Paraguai)
Data: 19 de maio de 2011, quinta-feira
Horário: 22h30 (de Brasília)
Árbitro: Darío Ubríaco (Uruguai)
Assistentes: Mauricio Espinosa e William Casavieja (ambos do Uruguai) Cartões amarelos: Uglessich e Nanni (Cerro Porteño); Miguel Martínez e Christian Valdez (Jaguares)
Cartão vermelho: Ismael Fuentes (Jaguares)
GOL:
CERRO PORTEÑO: Pedro Benítez, aos 25 minutos do segundo tempo

CERRO PORTEÑO: Barreto; Iván Piris, Pedro Benítez, Uglessich e César Benítez; Luis Cáceres, Javier Villarreal (Jorge Nuñez), Iván Torres e Jonathan Fabbro; Lucero (Julio dos Santos) e Nanni (Bareiro)
Técnico: Leonardo Astrada

JAGUARES: Villaseñor; Miguel Martínez, Ismael Fuentes, Christian Valdez e Razo; Andrade (Zamora), Jorge Rodríguez, Esqueda e Jorge Hernández (Guillermo Rojas); Antonio Pedroza (Salazar) e Jackson Martínez
Técnico: José Guadalupe Cruz

ESPN

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