Apesar do tropeço diante do Ypiranga em noite pouco inspirada na Ilha do Retiro, o empate em 1 x 1 ampliou a invencibilidade do Sport para 47 jogos no Campeonato Pernambucano, na noite desta quarta-feira. "Campeão" antecipado da primeira fase, o Leão agora está a dois jogos de igualar o recorde alcançado em 1999 - 49 jogos sem derrota. O resultado mantém o Sport com sobras na liderança, a duas rodadas do fim da primeira fase.
O retrato do primeiro tempo revelou dois tipos de filme. O Sport parecia estar de má vontade. Sonolento, dislpicente, entregue ao adversário. A larga vantagem na liderança, além do "título" antecipado da primeira fase talvez expliquem tanta apatia. A briga para manter a invencibilidade, não. Onde estava o desejo de quebrar o histórico recorde de 49 jogos sem derrota no Pernambucano? Essa provavelmente deve ter sido a pergunta do torcedor rubro-negro ao final da primeira etapa.
O Ypiranga, ao contrário, era a cara da vontade - talvez a situação na tabela também possa explicar tal postura. Fora do G-4, mas na briga por uma vaga nas semifinais, o time de Neco parecia numa final de campeonato. O gol contra de Luiz Eduardo logo aos 2 minutos deu falsa impressão. Pode-se dizer, um gol mentiroso, pois a sequência da primeira etapa viria expor as duas faces já descritas.
Quando empatou o jogo, aos 26, o Ypiranga já fazia por merecer. O autor do gol? Luiz Eduardo dessa vez jogou a favor da Máquina de Costura. De cabeça, ele se redmiu da falha inicial. Se enganou quem achou que o Sport acordaria depois do empate. Pouco antes do intervalo, a tal displicência ficou escancarada em lance bisonho do lateral-direito Júlio César.
Ele recebeu passe açucarado de Dairo e entrou sozinho com o goleiro. Aí, resolveu ciscar. Enfeitar. Tentou ser craque por um momento. E foi punido pela ousadia. Errou e pagou caro logo em seguida. Castigados. Ele e todo time rubro-negro. Um minuto depois do lance, Fágner foi derrubado pelo garoto Igor Maranhão na área leonina. Pênalti assinlado pelo árbitro. Na cobrança, com direito a paradinha, Fabrício Ceará deixou o Ypiranga em vantagem.
As vaias no final do primeiro tempo pesaram sobre Júlio César. Na volta do intervalo, o camisa 2 já não estava entre os companheiros. Eduardo Ratinho o substituiu, acionado por Givanildo Oliveira. O técnico também trocou o zagueiro Igor Maranhão pelo meia Ricardinho, e o esquema saiu do 3-5-2 para o 4-4-2.
As mudanças logo surtiram efeito. Pareceu até replay do primeiro tempo. Aos 3 minutos, Ricardinho recebeu cruzamento de Eduardo Ramos, dominou com categoria e bateu firme na bola, que ainda beijou o travessão antes de entrar. Estava empatado o jogo. Visivelmente, o puxão de orelha de Givanildo mexeu com o time do Sport. Mas apesar das chances criadas, ninguém conseguiu alterar o placar. O 2 x 2 soou justo no fim das contas.
Ficha do jogo
Árbitro: Emerson Sobral
Assistentes: Jossemar Diniz e Luciano Cruz
Sport: Magrão; Igor, Tobi e Igor Maranhão (Ricardinho); Júlio César (Eduardo Ratinho), Daniel Paulista, Zé Antônio, Eduardo Ramos e Dutra; Ciro (Leandrão) e Dairo. Técnico: Givanildo Oliveira
Ypiranga: Geday; Júnior Borracha, Bebeto, Luiz Eduardo e Bruno Paraíba; Wendel, Lismar, Edu Chiquita (Wilson Surubim) e Rosembrick; Fabrício Ceará e Fágner (João Paulo). Técnico: Neco
Público: 10.119 pagantes
Renda: R$ 30.108,00
Nenhum comentário:
Postar um comentário