quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Mendes atesta que formação do Santa Cruz parou de funcionar e aposta em novo esquema

 Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Parece ter chegado ao fim o esquema tático do técnico Milton Mendes, utilizado por ele desde a sua chegada no Santa Cruz, no fim de março. O 4-2-3-1, com pontas abertos e apenas um jogador centralizado no ataque, teve êxito nas conquistas do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste. Porém, ficou visado após o bom início do time na Série A e parou de dar certo. Pela segunda vez consecutiva no Brasileiro, então, o treinador irá optar pelo tradicional 4-4-2. Terá um meio-campo mais povoado e formado por três volantes de ofício, além de João Paulo. Nesta quinta-feira, quando o time visita o Grêmio, em Porto Alegre, a ideia é que a formação encaixe e que apresente resultados melhores que no último jogo.

Diante do Atlético-MG, no último sábado, Mendes não se furtou em testar o 4-4-2. Já havia usado a formação três rodadas antes - na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, no Arruda. Mas, naquela ocasião, apenas devido à lesão de Grafite, que foi substituído por Marion, um quarto homem no meio-campo. Contra o Galo, Arthur foi o escolhido para deixar a equipe e tornar possível a mudança de esquema. Diante do Grêmio, o atacante seguirá de fora do time para a manutenção desta nova composição tática, que, segundo o técnico, visa dar mais solidez à retaguarda do Santa Cruz.

Milton confessa que o antigo esquema não estava mais funcionando. Ao se deparar com adversários de mais qualidade técnica na Série A, acabou deixando o Tricolor muito exposto. “Desde quando aqui cheguei, posicionávamos no 4-2-3-1, que atacava no 4-3-3. O segredo é que fechávamos por dentro, a equipe ganhava corpo e tínhamos saída de jogo. A partir do momento que a gente deixou de fazer isso, ficamos vulneráveis por causa da qualidade de uma primeira divisão, que é diferente do nível do Pernambucano e Copa do Nordeste. Precisávamos de estabilidade defensiva. A gente precisava encorpar a equipe para depois sair para o jogo”, avaliou.

Apesar da derrota por 3 a 0 no Independência, o 4-4-2 deu uma boa impressão para Milton Mendes. Desta vez, só espera que as jogadas sejam mais bem construídas. “Eu queria ganhar corpo no meio-campo como ganhamos. Só que a transição não aconteceu. Contra o Grêmio, vai ser muito parecido com isso. Preciso fazer com que Danilo (Pires) e o próprio Jadson entendam que podemos chegar à frente também, não só fazer o meio.”

João Paulo mais livre para criar

Além desses dois atletas, João Paulo também ocupará uma posição no meio-campo após ter cumprido suspensão. Deixa a função de volante e vai ter a tarefa de fazer a bola chegar mais redonda ao ataque. Como um meia. “(A nova formação) faz o time ficar mais agrupado na recomposição. Talvez, defensivamente, a gente corra menos riscos. Mas acho que depende muito do que a gente vai fazer dentro de campo. A gente tem que ter atitude para as coisas fluírem da maneira correta”, afirmou o jogador. O jogador entra no lugar de Uillian Correia, que sofre com incômodos no péDerley, portanto, deve seguir entre os titulares.
 

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