segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Antes prioridade, início da construção do CT do Santa Cruz não sai do papel e segue sem previsão

 Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Dos objetivos traçados pelo presidente Alírio Moraes para a temporada, a primeira da sua gestão, o início da construção do centro de treinamento é o menos provável de ser concretizado. Segundo o plano de metas do mandatário, apresentado em março, o CT era prioridade entre todas as metas estipuladas e já estaria em condições de uso desde o mês passado. Até agora, no entanto, o terreno que margeia a PE-016, em Camaragibe, e chega até o bairro da Mumbeca, em Paulista, segue abandonado. As obras, por sinal, não devem iniciar tão cedo. Com o clube sem dinheiro e agora com o estádio Ademir Cunha como opção para treinar, o projeto está adiado por tempo indeterminado.

Alírio queria colocar o CT em funcionamento no fim de julho, quando esperava ter, ao menos, um campo e um alojamento prontos. Por enquanto, nenhum tijolo sequer foi posto. Uma família toma conta de terreno, que serve só de pasto para cavalos e área de lazer para cachorros. O mato alto e a lama denotam o abandono. Os únicos sinais de algo relacionado ao futebol são duas traves onde já foi um campinho particular do antigo proprietário da área.
O presidente reconhece que foi precipitado ao tentar estipular um prazo para inauguração. "Quando eu assumi a presidência, num impulso de torcedor, acabei atropelando um pouquinho as coisas. O fato é que precisamos ainda resolver algumas questões. Estamos ainda sem uma receita, fora pequenas questões burocráticas como regularização do terreno e ajustes no projeto arquitetônico e de engenharia”, admitiu.

O caráter de urgência das obras já não existe. Ainda em 26 de junho, o Santa acabou fechando um convênio com a Prefeitura de Paulista até 2016 para poder treinar no Ademir Cunha, que já virou uma segunda casa do atletas. Isso a troco de serviços sociais prestados ao município e pequenos reparos no estádio. Mas a grama irregular, a ausência de academia e vestiários modestos do local contrastam com o moderno projeto do CT. Se o quadro é ruim para os profissionais, para a base é pior ainda, que tem que treinar no precário centro de treinamento (se é que pode ser chamado assim) no bairro de Dois Unidos, zona norte do Recife, numa obra inacabada num terreno de três hectares, adquirido pelo clube ainda em 1996 e em funcionamento desde 1999.

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