Eram 12 minutos do segundo tempo quando Sandro Barbosa chamou Natan para entrar no jogo. A euforia das arquibancadas logo foi substituída pela ira. A torcida não admitiu que o substituído fosse Caça-Rato. Quem sofreu foi o técnico, vaiado por boa parte dos tricolores presentes ao Arruda. Com o passar do jogo, a mudança se provou acertada - e Barbosa garantiu que, apesar do "batismo", não liga tanto para a emoção dos torcedores.
"Fui batizado hoje, né? Importante lembrar isso: foi a primeira vez que fui xingado aqui. . Eu tinha essa preocupação, mas, agora que foi a primeira vez, não me preocupo mais. Eu não trabalho com a emoção do torcedor. Respeito todos, sou tricolor também, minha família é, mas tenho convicção no que faço. Foi o que eu falei para o presidente, quando aceitei o desafio: 'Vou para beira de campo como torcedor, mas, primeiro, como profissional'", afirmou.
Sandro Barbosa comemorou a vitória - e disse que ela é de todos. Jogadores e comissão técnica. "Às vezes fico até meio chateado com essas coisas. Acho hipocrisia um treinador falar que a responsabilidade é toda dele. A responsabilidade é de todos. Quando se perde, perde todos. E quando se ganha, ganha todos. No futebol, é assim. Nunca vai mudar. Não tem o 'eu'. Tem o 'nós'", declarou.
Ele ressaltou, ainda, a confiança que tem dado aos atletas. "Eles têm a minha confiança. Não é por um jogo mal que eu vou mexer o time. Eu não trabalho desta maneira, e eles acreditaram. O futebol é muito mais a parte da cabeça do que das pernas", comentou.
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