O Náutico desperdiçou uma ótima chance de voltar à liderança da Série B ontem, em jogo que terminou apenas no sábado. A equipe pernambucana dominou todas as ações no primeiro tempo mas só conseguiu fazer um gol. A situação mudou na segunda etapa, o Bragantino empatou e o timbu ficou com a segunda posição, com sete pontos. Na próxima terça, o vice-campeão estadual enfrenta o Figueirense.
No momento em que o árbitro se preparava para o apito inicial, uma das torres de iluminação do Eládio de Barros Carvalho apagou-se completamente. Em seguida, mais uma. A partida ficou suspensa e a Celpe teve que ser acionada para resolver o curto circuito no sistema de iluminação.
A regra mandava o juiz esperar até uma hora e esse prazo ainda foi estendido por mais 16 minutos. Quando a bola começou a rolar parecia que a energia que faltou nas luzes sobrou nos jogadores do Náutico. Os primeiros dez minutos foram alucinantes e só não saiu gol por conta das boas intervenções de Gilvan.
Aos quatro, Carlinhos Bala pegou um rebote perto da linha de pequena área e chutou em cima do goleiro. No minuto seguinte, o camisa um foi arrojado ao sair com os pés para tomar a bola de Geílson. Aos seis, Zé Carlos cruzou da esquerda e a defesa paulista parou. Geílson, sozinho cabeceou e Gilvan fez um milagre.
Durante esse tempo a marcação do Bragantino não conseguia se encontrar, principalmente no lado esquerdo da defesa. Nas poucas vezes em que tinha a bola nos pés, a equipe de Bragança Paulista apelava para o lançamento longo e sem qualquer efeito.
Num raro momento de trabalhar a bola com mais consciência os visitantes assustaram. Danilo Bueno tabelou com Hiantony e chutou cruzado, raspando a trave esquerda de Gledson. Mas ficou por isso mesmo. Embora tenha organizado melhor a defesa e tirado mais o Náutico de dentro de sua área, os melhores momentos ainda ficaram para os pernambucanos.
E, por ironia, o gol saiu num contra-ataque, aos 39. Quando o Bragantino estava em sua maioria no campo do Náutico, Evando foi lançado por César Prates, passou por Gilvan e mandou para o fundo das redes. O gol fez justiça ao único time que procurou a vitória.
O Náutico voltou para o segundo tempo com o objetivo de ficar com a bola o máximo de tempo possível mas sem o ritmo alucinante do primeiro tempo - até porque não era necessária uma marcação pressão, sempre mais desgastante. E logo no início o placar poderia ter sido ampliado aos seis minutos. Evando cabeceou no canto esquerdo mas como a bola não pegou muita velocidade Gilvan pôde se recuperar e fazer grande defesa.
Evando estava dando tanto trabalho à defesa do Bragantino que obrigou o zagueiro Everaldo a cometer pênalti quando ele subia para completar cruzamento de Carlinhos Bala. Aos 15 minutos, Carlinhos Bala foi para a cobrança e bateu muito mal. A bola foi para fora.
Para piorar, um minuto depois, Ramirez fez falta em Rodriguinho e, como já tinha cartão amarelo, foi expulso. O adversário com um a menos não fez o Bragantino ao menos tentar encurralar o Náutico. Claro que havia o perigo do contra-ataque, mas os alvirrubros, melhores tecnicamente, ainda levavam pequena vantagem.
Foi preciso uma jogada individual para os visitantes fazerem o gol de empate. Danilo Bueno dominou na entrada da área e entrou passando por Carlinhos Bala, César Prates e chutou na saída de Gledson para deixar tudo igual. O gol foi a senha para a partida mudar, ficar rigorosamente equilibrada e, por isso, perigosa. Ao ponto de Lúcio perder um gol dois minutos depois.
A partir dos 30 minutos os dois times já davam sinais de cansaço e as jogadas mais trabalhadas deram lugar a lançamentos longos e chutes de longe sem resultado.
Ficha do jogo
Árbitro: Suelson Diógenes de França Medeiros (RN)
Assistentes: Luiz Carlos Camara Bezerra e Ubiratan Bruno Viana (RN)
Náutico: Glédson; César Prates, Walter, Vinícius (Diego Bispo) e Zé Carlos; Ramirez, Élton e João Henrique (Nílson); Carlinhos Bala, Evando e Geílson. Técnico: Alexandre Gallo
Bragantino: Gilvan; Everaldo, André Astorga e Murilo Henrique; Bruno Peres (Lúcio), Francis, Emerson, Danilo Bueno e Esquerdinha (Amaral); Léo Jaime (Rodriguinho) e Hiantony. Técnico: Marcelo Veiga
Fonte: jconline
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