Vinicius Castro
Do UOL, no Rio de Janeiro
Concentrado exclusivamente na luta para escapar do rebaixamento no
Campeonato Brasileiro, o Vasco ainda não definiu o planejamento para
2014. O clube aguarda o desfecho da sua situação na competição nacional
para traçar as diretrizes da próxima temporada. No entanto, a decisão
pode custar caro e já preocupa conselheiros envolvidos na comissão
orçamentária. Apenas a questão sobre o local da pré-temporada está
relativamente adiantada.
A administração Roberto Dinamite não tem o orçamento fechado para a
contratação de reforços e estuda os nomes dos atletas que serão
dispensados do elenco. Além disso, pelo menos oito jogadores terão o
contrato encerrado ao término de 2013. São eles: Fagner, Fillipe Soutto,
Yotún, Pedro Ken, André, Willie, Francismar e Edmilson.
O Vasco soma 37 pontos no Brasileirão. Diretoria e comissão técnica
trabalham publicamente com a soma de 46 pontos para manter o time na
elite do futebol brasileiro. Sem saber o futuro e qual divisão disputará
em 2014, os cartolas não escondem o atraso no planejamento.
"Pensamos apenas em sair do sufoco que vivemos na competição. Isso é o
fator importante no momento. Não sabemos ainda sobre permanência de
técnico, jogadores, reforços... O nosso foco está apenas no agora",
afirmou o vice-presidente de futebol Ercolino de Lucca.
Pelo planejamento inicial, a diretoria deve apresentar o orçamento este
mês ao Conselho Fiscal. Porém, nada foi feito até o momento. O
vice-presidente geral Antônio Peralta começou apenas na última semana a
convocar os membros da comissão orçamentária. Os conselheiros não
escondem a preocupação com o atraso e deixam claro os impactos causados
pela situação.
"Já não teremos tempo hábil para enviar o orçamento ao Conselho Fiscal.
Depois o trabalho é deixado de lado e criticado. Fizemos o que a
diretoria pediu no ano passado. Por sua vez, eles não cumpriram o
orçamento. Não sabemos sequer a estratégia deles para 2014. O Vasco
precisa de quanto dinheiro? Precisamos vender algum jogador? O que é
necessário para fechar a conta?", indagou o conselheiro cruzmaltino e
membro da comissão orçamentária Vitor Roma.
"No mínimo, teremos atrasos nas execuções do próximo ano. A falta de
costume para cumprir o orçamento preocupa. Atualmente, isso serve apenas
como uma peça de ficção no Vasco. Desanima", concluiu Roma.
Busca por local da pré-temporada
Se as definições sobre técnico, elenco e orçamento estão praticamente
zeradas no Vasco, o mesmo não se pode dizer da questão envolvendo a
pré-temporada de 2014. O clube recebeu propostas de três cidades já
utilizadas anteriormente e tenta enquadrar os custos no futuro
orçamento.
Atibaia, interior de São Paulo, além de Pinheiral e Mangaratiba, no Rio
de Janeiro, estão na disputa. Dentre as três praças, a segunda é a
preferida do departamento de futebol, já que possui estrutura mais
adequada para treinamentos. Entretanto, o clube visita três locais fora
do Rio de Janeiro nos próximos dias e está otimista para mudar o
destino. A expectativa é definir o pontapé inicial de 2014 até o
encerramento do Campeonato Brasileiro.
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