Marcos Paulo Lima - Enviado especial - Correio Braziliense
Goiânia — Neymar tem 20 gols em
33 jogos com a camisa principal da Seleção Brasileira. A coleção do
atacante de 21 anos está à altura do desempenho de ídolos como Zico,
Romário e Ronaldo na mesma quantidade de partidas, mas o amargo jejum de
44 dias sem balançar a rede pode impedi-lo de acompanhar o ritmo dos
maiores artilheiros da esquadra canarinha em 99 anos de história. O
camisa 10 não balança a rede desde 24 de abril, no empate por 2 x 2 com o
Chile, em Belo Horizonte. Ele não desencantou nem mesmo nos últimos
confrontos com a camisa do Santos antes da apresentação ao Barcelona. No
total, são oito exibições consecutivas — 720 minutos — de seca.
Como
se não bastasse o tabu, Neymar terá um adversário mal-assombrado pela
frente no domingo, às 16h, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. A França
não sofre gol do Brasil há três amistosos seguidos. O último gol
verde-amarelo nos campeões mundiais de 1998 foi do meia Ramon, na Copa
das Confederações de 2001. Para quebrar o feitiço, Neymar terá de se
inspirar em Careca, autor do último gol de um atacante brasileiro nos
Bleus, no empate por 1 x 1 nas quartas de final do Mundial de 1986.
Neymar
precisa se benzer. A praga do ataque brasileiro contra a França pega.
Na lista dos maiores artilheiros da Seleção Brasileira, apenas dois
conseguiram balançar a rede gaulesa: o Rei Pelé, maior carrasco do
inimigo com seis gols em dois jogos, e Zico. Apesar de ter perdido um
pênalti na Copa do México, o Galinho deixou a marca dele no triunfo por 3
x 1 em 1981, na cidade de Paris. Ronaldo, Romário, Bebeto e Rivaldo,
por exemplo, jamais foram felizes contra os azuis.
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