O técnico Luiz Felipe Scolari vai completar neste sábado o seu jogo de número 350 no comando do Palmeiras. Em duas passagens (1997-2000 e a partir de julho de 2010), Felipão acumulou vitórias e títulos e é o terceiro treinador que mais comandou o Verdão, atrás apenas de de Osvaldo Brandão (580 jogos) e Vanderlei Luxemburgo (367). No entanto, o comandante terá tarefa difícil às vésperas do jogo contra o Figueirense, no Canindé. De volta de Portugal após ter acompanhado o casamento do filho, Felipão atravessa seu momento mais delicado dentro do clube, lidando principalmente com a situação do atacante Kleber.
O Gladiador foi afastado antes do duelo contra o Flamengo e ainda ouviu do técnico que não jogaria mais sob seu comando. Agora, Luiz Felipe Scolari mantém conversas com a diretoria para definir a melhor saída para o impasse criado: Kleber cogita buscar seus direitos na Justiça e já pediu orientações ao Sindicato dos Atletas, alegando estar sendo impedido de trabalhar com o grupo. O Palmeiras quer negociá-lo, e o Grêmio aparece como principal interessado no momento.
Outra pendência de Felipão é a relação de altos e baixos com dirigentes, principalmente o vice-presidente Roberto Frizzo. O imbróglio envolvendo Kleber acabou aproximando a dupla, mas ainda há divergências de ideias que não foram acertadas. De qualquer forma, o técnico ganhou força junto à diretoria e deve vencer a queda de braço com o atacante. Ele já manifestou o desejo de permanecer até o fim do seu contrato, em dezembro de 2012.
No elenco, Luiz Felipe Scolari precisa retomar a confiança de vozes dissonantes que ficaram descontentes com o afastamento de Kleber. Alguns compartilham das reclamações do Gladiador, que se queixou do fato de o técnico “expor” os jogadores a cada resultado negativo no Campeonato Brasileiro. O clima não chega a ser ruim, mas o próprio técnico admitiu que não é o mesmo do início da temporada.
Os problemas podem ser atenuados com uma vitória convincente contra o Figueirense. Mas só serão mesmo esquecidos se o técnico repetir o desempenho vitorioso de sua primeira passagem, com títulos da Taça Libertadores (1999), Copa do Brasil e Copa Mercosul (1998), e Torneio Rio-São Paulo (2000). Quando chegou, Felipão avisou que queria desempenho parecido. Com uma temporada praticamente perdida em 2011, o comandante já planeja o próximo ano. Será a última chance de o técnico fazer a torcida palmeirense relembrar os melhores momentos.
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