quarta-feira, 29 de setembro de 2010

E o Gallo caiu no "Rato"

Já passava da meia-noi-te, ontem, quando o superintendente de futebol Gustavo Men­des entrou em contato com Alexandre Gallo para comunicá-lo do seu desligamento do comando técnico do Náutico. A gota d'água foi a derrota para o São Caetano, nos Aflitos, horas antes, por 2x1. Como o Alvirrubro já está numa corrida contra o tempo para não correr riscos de rebaixamento para a Série C, a direção do clube da Rosa e Silva já está em contato com um novo treinador: Sérgio Soares.

O resultado de ontem serviu apenas para ilustrar um trabalho que já não vinha dando resultado algum há várias rodadas. Para se ter uma ideia, de 30 de julho até agora, o Alvirrubro disputou 15 partidas e, dos 45 pontos em jogo, somou apenas 11. Ou seja, uma campanha de time que briga apenas para não ser rebaixado e já é o 11º colocado da Série B, com 34 pontos.

Para piorar, em meio à crise, o presidente do clube, Berillo Júnior, está em Portugal tentando fechar uma parceria com o Benfica. Portanto, quando o jogo acabou por aqui, deixando a torcida com uma enorme dor de cabeça, o mandatário do Náutico já devia estar dormindo, bem tranquilo, em terras lusitanas.

A queda de Gallo, ontem, já era a crônica de uma morte anunciada. Segundo o próprio Berillo Júnior confidenciou a algumas lideranças do clube, o técnico chegou a entregar o cargo após a derrota do Timbu para o Duque de Caxias/RJ, em 10 de setembro, no Recife. O dirigente não aceitou. Para piorar, Alexandre Gallo não acertou muito em termos de contratações para o Náutico. Foram 26 jogadores até o momento e, pelo menos por enquanto, o torcedor alvirrubro não consegue sequer ter o seu time na ponta da língua. Rodada a rodada, várias mudanças são feitas, sem resultado efetivo algum na equipe.

Também foi após um desentendimento com Alexandre Gallo, que Carlinhos Bala acabou deixando o clube para defender o Atlético/GO. O ex-capitão saiu justamente por queixas frequentes relacionadas a salários atrasados. A "bomba" estourou mais tarde, após a derrota para o Duque, quando o agora ex-técnico pediu que os atletas não colocassem a "faca no pescoço" de Berillo Júnior por causa de dinheiro. A troca de "gentilezas" acabou fazendo que Gallo seguisse no comando. A vitória sobre o Figueirense, idem. Mas após novos fracassos (mesmo com os salários de julho pagos) para o fraco América, de Natal, e para o São Caetano, a situação ficou insustentável.

Após a partida, o assistente técnico Maurício Cupertino, que comandou a equipe à beira do gramado por conta da suspensão de dois jogos de Gallo, expulso na partida com o Coritiba, mostrou bem a falta de instabilidade que vive o Timbu em seus bastidores. Em um primeiro momento, falou sobre uma falha individual de Glédson no primeiro gol do Azulão. "Como em Na­tal, ela se repetiu agora", disse. Já quando questionado sobre a atuação do atacante Max, ele foi enfático: "Prefiro não falar em termos individuais".

Fonte: Folhape

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