O resultado de ontem serviu apenas para ilustrar um trabalho que já não vinha dando resultado algum há várias rodadas. Para se ter uma ideia, de 30 de julho até agora, o Alvirrubro disputou 15 partidas e, dos 45 pontos em jogo, somou apenas 11. Ou seja, uma campanha de time que briga apenas para não ser rebaixado e já é o 11º colocado da Série B, com 34 pontos.
Para piorar, em meio à crise, o presidente do clube, Berillo Júnior, está em Portugal tentando fechar uma parceria com o Benfica. Portanto, quando o jogo acabou por aqui, deixando a torcida com uma enorme dor de cabeça, o mandatário do Náutico já devia estar dormindo, bem tranquilo, em terras lusitanas.
A queda de Gallo, ontem, já era a crônica de uma morte anunciada. Segundo o próprio Berillo Júnior confidenciou a algumas lideranças do clube, o técnico chegou a entregar o cargo após a derrota do Timbu para o Duque de Caxias/RJ, em 10 de setembro, no Recife. O dirigente não aceitou. Para piorar, Alexandre Gallo não acertou muito em termos de contratações para o Náutico. Foram 26 jogadores até o momento e, pelo menos por enquanto, o torcedor alvirrubro não consegue sequer ter o seu time na ponta da língua. Rodada a rodada, várias mudanças são feitas, sem resultado efetivo algum na equipe.
Também foi após um desentendimento com Alexandre Gallo, que Carlinhos Bala acabou deixando o clube para defender o Atlético/GO. O ex-capitão saiu justamente por queixas frequentes relacionadas a salários atrasados. A "bomba" estourou mais tarde, após a derrota para o Duque, quando o agora ex-técnico pediu que os atletas não colocassem a "faca no pescoço" de Berillo Júnior por causa de dinheiro. A troca de "gentilezas" acabou fazendo que Gallo seguisse no comando. A vitória sobre o Figueirense, idem. Mas após novos fracassos (mesmo com os salários de julho pagos) para o fraco América, de Natal, e para o São Caetano, a situação ficou insustentável.
Após a partida, o assistente técnico Maurício Cupertino, que comandou a equipe à beira do gramado por conta da suspensão de dois jogos de Gallo, expulso na partida com o Coritiba, mostrou bem a falta de instabilidade que vive o Timbu em seus bastidores. Em um primeiro momento, falou sobre uma falha individual de Glédson no primeiro gol do Azulão. "Como em Natal, ela se repetiu agora", disse. Já quando questionado sobre a atuação do atacante Max, ele foi enfático: "Prefiro não falar em termos individuais".
Fonte: Folhape
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