Analisar as chances de a Inglaterra chegar à final da Copa do Mundo – e vencê-la – passa, necessariamente, por analisar s causas dos últimos fracassos. O grupo de jogadores é mais ou menos o mesmo, a expectativa, desde 2006, não mudou, e o ambiente de fama, celebridades e confusões que cerca o time pode ser mantido afastado, mas não mudará também em breve.
Alguns jogadores, é verdade, mudaram, e isso pode fazer a diferença, mas isso fica para o final. O fato é que, assim como com os fracassos do Brasil, é difícil dizer porque a Inglatera não venceu antes. Em 2002 perdeu para o eventual campeão. Em 2004, na Euro, e em 2006, para Feipão, que pareceu ter “sacado” o time. Em 2008 o problema claramente foi Steve McLaren, ainda que o ex-treinador do Middlesbrough possa ser competente e ter dado a volta por cima.
Começando pelo começo, a convocação do time não trouxe nenhuma surpresa de fato. Os sete cortados eram parte de uma lista de nove, que incluía ainda Wrigth-Phillips e Joe Cole, que todos davam como “cortáveis”. E se a inclusão do ala do Man City pode ser contestada, é provável que Capello não confie na forma física de Aaron Lennon, e queira ter para a sua reserva um jogador com um minimo de experiência.
O corte subsequente de Rio Ferdinand e sua substituição por Michael Dawson, sim, poderia ter algum impacto, ainda mais considerando as circunstâncias nas quais o zagueiro do United se tornou capitão do time. A verdade, entretanto, é que psicologicamente o time de Capello adquiriu uma certa “blindagem” que não tinha em outros tempos, e, tecnicamente, King é melhor que Ferdinand, e Dawson vive grande fase.
A “blindagem” psicológica é provavelmente um bom ponto de partida. Se o Brasil de 2002 era superior à Inglaterra e em 2004 Portugal jogava em casa e estava embalado, muito do que aconteceu depois disso passa por uma mistura de excesso de autoconfiança com complexo de inferioridade – a primeira disfarçando o segundo. A Inglaterra se fingia de superior, mas no fundo itnha certeza de que, no final, acabaria eliminada antes do que gostaria.
Uma parte do problema, é verdade, está na supervalorização de jogadores muito bons, mas não tão bons quanto seus nomes sugerem. John Terry é um bom zagueiro, mas não é infalível como querem crer alguns ingleses, assim como Rio Ferdinand, que já foi melhor, e, nem quando estava em seu auge, era o beque que a mídia e o público ingleses gostariam que fosse.
Steven Gerrard e Frank Lampard são doius foras-de-série, mas não são Xavi ou Kaká. E o time sempre teve confiança cega em Rooney, mas só nele, e sem que ele fosse, ainda, o jogador que é hoje.
Site Trivela
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